SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos
Atravessar o cruzamento das ruas Santa Isabel com Dr. Cesário Mota Jr, na frente da entrada principal que dá acesso para a Santa Casa de Misericórdia, é praticamente uma “aventura”.
Apesar da pintura no solo indicando a presença do hospital – e portanto sinalizando a necessidade de redução de velocidade -, isso não é suficiente para que o apressado motorista paulistano respeite o pedestre. Ao contrário, a maioria circula como se estive numa rua qualquer, correndo como sempre e avançando sobre outros veículos também. Pra completar, a frequente entrada e saída de carros do estacionamento da Santa Casa aumenta a confusão.
Milhares de pessoas passam pela Santa Casa diarimante, com muitos idosos, crianças e inúmeros cidadãos com muletas, bengalas e cadeiras de roda e outros vindos da ortopodia do hospital. Sem contar os alunos de faculdades, escolas e creches próximas, ou mesmo moradores da região. Taxistas do ponto próximo comentaram sua indignação com esse desrespeito e afirmaram que durante à noite a situação fica pior, pois os motoristas aumentam a velocidade ainda mais.
Fui funcionária da assessoria de imprensa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por sete anos e já sei qual resposta para esse tipo de reclamação (depois de meses em que uma carta circula pelos departamentos da CET): os técnicos afirmam que a número de carros que circula na via não é grande o suficiente para instalação de semáforo, e que este disposito acaba incentivando a ultrapassagem do sinal vermelho e, consequentemente, os acidentes.
E então o que resolve, se semáforo não pode ser instalado e a pintura de solo é a mesma coisa que nada? Resolve a presença do agente da CET, de talão de multa na mão, ou, melhor ainda, algum funcionário orientando a travessia e chamando atenção do motorista (com uso daquele mastro e bandeira) para aumentar a segurança dos pedestres.
As fotos deste post foram todas registradas em menos de 10 minutos de permanência no local. Pelas imagens, dá pra perceber o desrespeito e o risco andando juntos.
Vou mandar este post para a área de comunicação da CET e aguardar – sentada para não cansar – que enviem uma resposta algum dia. Até lá, torço para que Deus tenha misericórdia desses pedestres que vão para a Santa Casa, porque os motoristas certamente não tem.
Texto: Flaviana Serafim – Fotos: Gladstone Barreto
Não há carros suficientes para um semáfaro. Se põe um, incita o motorista a atravessar o vermelho, por isso não põe.
ResponderExcluirIsso em frente a um hospital de altíssima rotatividade, night and day.
Ok, a CET é dirigida por Franz Kafka ou Borges?
Que absurdo, mas isto é mesmo verdade, eles não podem colocar semaforo? Não entendi a lógica...
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