28 de fev. de 2009

NA CIDADE QUE NINGUÉM QUER VER...

SOS São Paulo - A cidade em nossas mãos

...Voluntários garantem almoço de domingo a 1.100 moradores de rua

Domingo nas proximidades do Largo do Arouche é agitado. Dia
de feira na rua das Palmeiras, gente entrando e saindo dos supermercados, sacolas cheias e o almoço garantido, em família ou não.

Em meio ao vai e vem, chama a atenção a multidão de sem teto, mendigos, moradores de rua e outros que perambulam sob o Elevado Costa e Silva, o "Minhocão". Centenas e centenas, entre os milhares de moradores de rua do centro paulistano, vem à região para colher os restos da feira depois das 14h00.

Mas antes, por volta de 11h00, esse moradores do mundo se concentram na rua Dr. Frederico Steigel, entre os largos do Arouche e Santa Cecília, na expectativa de também degustar o almoço de domingo - que é para muitos é o único prato de comida digno daquela semana.

Graças ao trabalho voluntário e a união de um grupo de amigos, pelo menos 1.100 moradores de rua recebem, todo 3º domingo do mês, um "marmitex" improvisado numa caixa de leite, cortada de forma a criar uma tampa e manter o alimento quente.

Quem lidera a iniciativa é Aparecido Ramiro Pinto, um senhor bonachão e bem humorado que já passou dos 60 anos e há 12 anos se dedica a este trabalho. Arroz, feijão, macarrão, carne cozida, linguiça, farofa, legumes, tudo organizado previamente com apoio de 70 pessoas.

Na longa fila dos sem teto, sem comida, sem nome, misturam-se carrinhos de sucata, cachorros, crianças, muletas, sacolas, cobertores. Andarilhos esfarrapados e velhos de guerra das ruas paulistanas, ao lado das crianças e jovens tragados pelo cachimbo do crack.

Ou ainda famílias inteiras que perderam suas casas por conta de uma enchente, desemprego, alcoolismo, violência, abandono...

Naquele espaço se reúnem centenas de pessoas que cruzam nossos caminhos diariamente. Cidadãos pra quem olhamos, mas não vemos... Para livrarmos nossa culpa, muitos de nós classificamos esse tipo de iniciativa de "as
sistencialismo" em que se "dá o peixe sem ensinar a pescar". Mas como "pescar" algo melhor para as próprias vidas, se esse moradores de rua mal tem condições de parar em pé?

A equipe do São Paulo Urgente acompanhou o trabalho voluntário coordenado pelo Sr. Aparecido Ramiro Pinto (na foto ao lado), em parceria com um grupo de amigos da Igreja de São Francisco de Assis, no Jardim Jaraguá (zona oeste). São pessoas que olham, veem os moradores de rua e tem coragem de agir para e algo mude. Não viram o rosto para o outro lado como a maioria de nós fazemos.

Clique nas imagens para ampliar ou acesse o álbum SOS São Paulo no FLICKR.

São Paulo Urgente - O senhor vem de onde até o Largo do Arouche para distribuir alimento aos moradores de rua?

Aparecido Ramiro Pinto - Somos do Jardim Jaraguá, da Igreja de Pirituba. É uma união de amigos que ajudam. O povo se reúne, um dá R$ 100,00, outro dá R$ 50,00, tem duas, três empresas que participam, outro dá R$ 500,00. Um movimento deste aqui (mais de mil pessoas) faz com R$ 1.300 mil a cada vinda para distribuição de alimentos. Fora umas trinta, quarenta famílias que nós ajudamos graças a esta união formiguinhas.

SPU - Desde quando vocês distribuem comida nas proximidades do Terminal Amaral Gurguel?
Ramiro - Desde 1997. Começou do outro lado, em frente da Igreja Santa Cecília. Aí viemos rodeando, depois foi para debaixo da ponte e o metrô levou todo mundo embora. Então, nós ficamos aqui nesse pedacinho que sobrou para nós.

SPU - E qu
em começou com esta iniciativa?

Ramiro - Outros abandonaram a idéia e nós viemos substituí-los. Essa missão não é fácil, tem que ter o coração voltado à causa e muita compreensão, caso contrário não trabalha. Nós tivemos a sorte de ter uma equipe de amigos que está junto até hoje. Essas mulheres são cozinheiras. Trabalham mais de 70 pessoas para acontecer tudo. A comida é entregue na caixa de leite que mantém a comida quente.

É um trabalho formiguinha, mas é muito gratificante. Alguém tem que arregaçar a manga e tomar a frente, dirigir. Deus escolheu, nos colocou nisto até hoje. Faz 12 anos agora, em março de 2009. Já distribuímos marmita para 1.400 pessoas em cada domingo.

SPU - O número de moradores de rua de São Paulo é enorme. Enquanto tiver comida, tem mais gente chegando...

Ramiro - Se você ficar aqui o dia inteiro, tem gente o dia inteiro. Se vier a tarde, tem gente novamente. À noite a mesma coisa, tem muita gente na cidade. As igrejas aqui ajudam muito, e tem outras associações que atuam durante a semana.

Nós distribuíamos almoço em domingos alternados, um sim, outro não. Aí foram entrando outras igrejas e nós agora estamos nas proximidades do Terminal Amaral Gurgel todo terceiro domingo do mês. Tem outras entidades que doam em outros dias... Tem muita gente que doa aqui no centro.

Caso contrário, os moradores de rua não viveriam com um dia só de comida por mês. Mas este momento aqui é acolhedor e é gratificante porque sobrou para nós este dia. Então, louvamos a Deus por isto.

Em doze anos que estamos aqui nunca tivemos visita, mas é muito bom. Pode ter certeza que nossos irmãos aí tem méritos, eles merecem ser felizes. E a comidinha que eles comem , não é para falar não, mas nem o Lula come um feijãozinho igual a eles.

SPU - Quem quiser ajudar, ser voluntário, conhecer o trabalho ou fazer doação, como pode contatar o grupo de vocês?

Ramiro - Pode fazer contato comigo pelo telefone (11) 3904-4042. Até hoje, com a graça de Deus, nunca faltou nada. As pessoas tem sido maravilhosas. De pouquinho em pouquinho nós fazemos a nossa parte. Costumo dizer que um quilo de sal é valioso porque senão a carne não tem gosto. Este é gosto do amor, do amor de Deus que mandou amar o nosso próximo

Temos que amá-los, zelar por eles e lutar por eles. Eu gosto muito deste povo e gosto do povo que trabalha com a gente. Agora temos nosso próprio caminhãozinho. Antigamente vinham de oito ou dez carros para trazer a comida, mas ainda hoje, com caminhão, viemos todos juntos.

Sempre tem que ter a linha de frente em tudo que você faz. No mais, o comando é divino, e eu sou muito feliz, não me preocupo com meu domingo. Troco tudo por ver um sorriso feliz.

Se um dia quiser nos visitar, a cozinha é simples, mas se chegar lá antes da entrega do domingo, encontrará 30, 40 pessoas, da Igreja São Francisco de Assis do Jardim Jaraguá.

Quarenta por cento da comida é feita nas casas e vamos buscar para depois montar nas marmitas. O que eu posso dizer a vocês que vale a pena lutar pelo irmão menos favorecido, não adianta deixar tudo por conta do governo. Para mim estar aqui é melhor que estar num churrasco. Nós vamos embora, e muitos deles ficam embaixo da ponte.

Texto: Flaviana Serafim/Fotos: Gladstone Barreto

26 de fev. de 2009

BRAVA COMPANHIA PROMOVE ENCONTRO NA ZONA SUL

São Paulo Lado A,B,C,D...

A Brava Companhia, grupo de teatro da zona sul paulistana, realiza no sábado (28.01), às 15h00, o evento "Brava Conv
ersa com Reinaldo Maia". O tema deste encontro é "O espectador e a dramaturgia", no Espaço Brava Companhia (av. Cândido José Xavier, 577 - Parque Santo Antonio - São Paulo - SP). A entrada é gratuita.

O trabalho da Brava Companhia se caracteriza pela criação coletiva e utilização de espaços alternativos para suas apresentações, tirando o teatro dos palcos fechados e levando às ruas.


A equipe do São Paulo Urgente já assistiu ao espetáculo "A Brava", com a Joana D'arc da Brava Companhia em cena bem na frente do Mosteiro de São Bento, no centro. "A Brava" recebeu recentemente o Prêmio de Melhor Espetáculo de Rua da Cooperativa Paulista de Teatro.

Para saber mais sobre o trabalho do grupo, acesse o Blog da Brava.


Brava Conversa com Reinaldo Maia
O espectador e a dramaturgia
28 de fevereiro (sábado), às 15h00, no Espaço Brava Companhia
av. Cândido José Xavier, 577 - Parque Santo Antonio - São Paulo - SP
Informações:5514-5911
Gratuito



Fotos: Gladstone Barreto

25 de fev. de 2009

AMBULANTES NO PARQUE DA ACLIMAÇÃO




A interauta Clarissa enviou a seguinte mensagem para o Cidade Celular:

Ela comentou que "após a tragédia de ontem (23.02), com o esvaziamento do lago, o Parque da Aclimação virou ponto de atenção, tanto para os moradores habituais quanto para emissoras de TV e órgãos de segurança pública.

Hoje de manhã (24.02) havia dentro do parque carros e policiais da Policai Ambiental, pelo menos um carro da polícia civil rodando pelo parque com 2 policiais dentro; pelo menos 1 carro da defesa civil; carro dos bombeiros e...camelôs vendendo salgadinhos, água e refrigerantes...também!!!!

Os policiais civis ficaram andando de carro pelo parque!!! Não é a primeira vez que vejo policiais civis fazendo a ronda de apenas 1 Km de 'viatura'. Sugiro que os policiais não fiquem dentro do carro e que andem a pé.

Além de fazer exercício, poderão andar por todas as trilhas do parque, não irão atrapalhar os pedestres e poderão inibir ou eliminar a ação dos camelôs dentro do parque! Que tal? Será que só eu vi os camelôs dentro do parque e nenhum dos policiais civis, da polícia ambiental, dos bombeiros, da defesa civil viram os camelôs?


Atenciosamente,


Clarissa"

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24 de fev. de 2009

AVENIDA NOVE DE JULHO - DOMINGO DE CARNAVAL

Por Flaviana Serafim

23 de fev. de 2009

JANELA DE COZINHA

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Por Nei Schimada

Não sei quem me falou que a gente pensa de tudo enquanto lava a louça. Acho que foi o seu Laerte da mecânica. O seu Laerte tem sempre uma história pra contar. Devia ser escritor ou coisa assim.

Olha a exibida do prédio em frente com o carro novo. O moço da portaria sorri até diferente. Onde será que ela vai todo dia nessa mesma hora da manhã? E toda emperiquitada? Mas o carro é muito feio, coitado.

Perguntei pro meu marido que carro era aquele e ele disse que era desses importados japoneses caríssimos. É, o carro tem mesmo uma cara de Jaspion, parece desses robozinhos do meu filho. O meu golzinho anda bem e eu não reclamo. Roubaram o som quando deixei naquele shopping perto da Radial.

Também, olha onde fui inventar de comprar daquela sandalinha linda que aparece na propaganda da revista. “Vai lá que tem do genérico e e' baratinho”, disse minha cunhada. Me ferrei, comprei um número maior, fico passeando dentro da sandália. Depois daquela chuva ela está descascando a tinta da tirinha aqui de cima e me roubaram o som.

Nunca mais vou pra aqueles lados. Só no cemitério da Quarta Parada pra ver o meu falecido sogro...que deus o tenha, pobre homem. Agora, a megera da mulher dele tá ai, vivinha, duas quadras daqui. Daqui a pouco ela aparece pra ver se a casa tá arrumada. Nojenta...

Preciso compra outra frigideira T-fal, essa já tá grudando até omelete. Mais flores pra Malu do salão? Mas ela anda muito saidinha! Depois passo lá pra saber mais desse viúvo rico que ela arrumou. Qualquer dia chega uma coroa de flores e o testamento com tudo pra ela. Ela larga o salão e quem vai fazer minha escova?
Só ela acerta o jeito que eu gosto. E tem a Cinira que faz minha unha e é a única manicure que conheço que tem uma estufinha pra esterilizar os cortadores. Tão limpinha.

Ai meu deus! Já disse pro Duda que pode bater as vitaminas dele, mas depois enche o copo do liquidificador com água... Que saco, preciso pôr esse menino na linha. Amanhã, eu e o Roberto, a gente faz quinze anos. Ele prometeu que a gente vai sábado naquele restaurante perto do Museu do Ipiranga, como da primeira vez. Será que ele ainda existe? A gente foi lá mais umas duas vezes e parecia tão decadente. Eu, Roberto e o Duda.

O Duda precisa melhorar a nota de matemática esse mês senão bau bau férias. Eu queria tanto ir para a casa de praia do irmão do sócio do Roberto. Praia Grande é tudo de bom....

Pronto, acabei! Agora arrumar as camas e dar uma passadinha no mercado pra comprar filtro de café. Amanhã a Dinalva vem e preciso pedir um cheque pro Roberto, não posso esquecer.

Nei Schimada, 43, punk, poeta e dekassegui, escreve de Hamamatsu shi - Japão. É blogueiro da Estrovenga dos Corsários Efêmeros

22 de fev. de 2009

NO FLICKR: IMAGENS DO CORTEJO DO ILÚ OBÁ DE MIN

Quem viu, ouviu, dançou e cantou com o bloco afro Ilú Obá de Min já espera a saída do próximo cortejo, em 2010. Quem não viu, não ouviu, nem dançou ou cantou....só em 2010 também.

Acesse nosso álbum Povos de São Paulo, Tribos do mundo no
Flickr e assista nosso vídeo exclusivo com ensaios desse bloco afro formado só por mulheres.



Leia mais em:
Bloco afro Ilú Obá de Min e suas percussionistas desfilam na 6ª feira de Carnaval

Fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

21 de fev. de 2009

INTERNAUTA DENUNCIA INDÍCIO DE GOLPE EM POSTO DE GASOLINA


O interauta Samuel Oliveira enviou mensagem para o Cidade Celular com queixa sobre o posto de gasolina BR-Carrefour, no Brás. Confiram:

"Olá, amigos São Paulo Urgente

Pode ser indício de novo golpe nos postos de gasolina a motoristas confiantes ou acomodados.

A confiança em frentista de posto de gasolina agora para mim é questionável , pois sou extremamente cuidadoso com meu carro. Faço questão de abastecer há anos no mesmo posto BR , no centro de Arthur Alvim (zona leste). Porém, quando gasto mais e estou longe de casa, pelo preço e qualidade vou aos postos dos supermercados Extra ou Carrefour.

Mas não sou daqueles motoristas que não descem do carro. Gosto de acompanhar, ver se não derramam combustível (...). No posto BR-CARREFOUR ( ZZZ Auto Posto Ltda, CNPJ 05.047.270./0001.25; IE 116448229114) da av. Alcântara machado, 75, no Brás, (chegando ao metrô Pq. Dom Pedro), no dia 20 de fevereiro, pedi ao frentista que abastecesse R$ 50,00, visualizando as faixas com preço a R$ 2,279 o litro.

Quando observo direito, ele abastecia com aditivada no valor de R$ 2,379. Perguntei 'quem pediu aditivada?'. E o cara de pau me diz: 'Ninguém pede, aí a gasolina fica sobrando. E também a diferença é muito pouco, R$ 0,10 por litro'. Pedi que parasse é fizesse o correto, alertei aos outros frentistas deste erro e comuniquei que denunciaria ao Carrefour, mas mal deram atenção.
Meu alerta é o seguinte: pode ser indício de um novo golpe os motorista acomodados .Como diz o dito popular; QUEM TEM UM OLHO EM TERRA DE CEGO É REI
PS.: Este posto no passado foi lacrado com outra bandeira por (venda de) combustível adulterado. Será que é o mesmo dono?

Samuel Oliveira"

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20 de fev. de 2009

BLOCO AFRO ILÚ OBÁ DE MIN E SUAS PERCUSSIONISTAS DESFILAM NESTA SEXTA

Povoiluoba1.jpegs de São Paulo, tribos do mundo
O Ilú Obá de Min é um bloco afro formado e coordenado só por mulheres. São mais de 70 ritmistas tocando alfaias, djembes, xequerês e agogos, mais um belíssimo bale que segue à frente do cortejo (aliás, homem só participa dançando).

No Carnaval 2009, o bloco presta homenagem a
Raquel Trindade, filha do poeta, folclorista e teatrólogo pernambucano Solano Trindade (1908-1974).

As coordenadoras do bloco, percussionistas Beth Beli e Adriana Aragão, explicam que o nome do grupo vem de Ilú, o tambor; Obá é Xangô; e De Min, que são as mãos femiluoba2.JPGininas que tocam o tambor nos terreiros.

Anualmente, a partir de outubro, o Ilú Obá De Min realiza oficina arte-educativas ensinando às mulheres os ritmos africanos que dão o tom deste bloco. Em fevereiro os ensaios se concentram nos finais de semana e na sexta-feira de Carnaval, o cortejo feminino sai pelas ruas da região central paulistana.

O bloco sai do viaduto Major Quedinho, desce pela rua Xavier de Toledo, passa ao lado do Teatro Municipal e termina no Largo do Paisandu, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.


Vale a pena ver o Ilú Obá de perto porque é belíssimo, organizado, seguro para brincar o carnaval e um espetáculo único numa cidade como São Paulo. Quem já viu um bloco afro legítimo na Bahia vai perceber que o Ilú Obá não deixa nada a desejar.

Quando o cortejo chega ao fim, em frente à Igreja dos Homens Pretos, dá aquela sensação de que o tempo parou, que nem é São Paulo. Parece algo encantado. Não é exagero, não. Participe e confira com seus próprios olhos.

Vista uma roupa branca (a pedido das organizadoras, já que é um bloco afro) e confira de perto o cortejo do Ilú Obá De Min, que acontece no dia 20 de fevereiro, às 21h00, partindo do viaduto Major Quedinho (no centro, próximo ao prédio do jornal Diário de S.Paulo).


Ah, é totalmente gratuito!

Para saber mais:

iluobademin@yahoo.com.br
www.iluobademin.com.br



Assista o vídeo exclusivo gravado pelo São Paulo Urgente



Bloco afro Ilú Oba De Min
20 de fevereiro de 2009, às 21h00

Concentração no viaduto Major Quedinho (centro) a partir das 19h30
Participação especial de Dj Evelyn C, além de pocket shows da MC Paula Pretta, Theo Weneck, Duo Abanã e Salloma Sallomão.

Informações: 7257-9235 / 9421-6969

Texto, fotos e vídeo: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

19 de fev. de 2009

OLHA O QUE DÁ A PRESSA DO PAULISTANO...

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O blog São Paulo Urgente registrou esse acidente na manhã de quinta-feira (19.02), por volta das 7h40, na esquina das ruas Marquês de Itu e Rêgo Freitas (centro), a apenas um quarteirão da avenida Amaral Gurgel.

Dois apressadinhos imprudentes - um atravessando o farol amarelo em alta velocidade, acreditando naquela de "dá pra passar". O outro, muito adiantado e apressado, também nem esperou o farol verde para avançar.

O resultado é esse prejuízo aí... Por sorte, ninguém ficou ferido e nenhum pedestre atravessava o cruzamento naquele momento.

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Fotos: Flaviana Serafim

SABESP INSTALA" POSTES TRAMBOLHOS" NA ZONA LESTE

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O internauta Samuel Oliveira enviou uma queixa sobre a Sabesp e fotos para o Cidade Celular . Confiram:

"SABESP INSTALA VERDADEIROS POSTES TRAMBOLHOS PARA LEITURA TELECOMANDADA


A SABESP, aqui na rua Major Boaventura (Pq. Arthur Alvim), rapidinho, na calada da noite instalou dois postes junto a muros, com uma caixa (trambolhão), para leitura TELECOMANDADA de água (acredito que assim não precise de técnicos nas ruas, ou seja, menos empregos).


Só que estes postes ficam colados aos muros (tipo "pau de sebo"), e qualquer GATUNO, podem escalar e entrar nas casas.

Em consulta a um engenheiro da Sabesp, a Prefeitura ainda não autorizou essas feiúras em contraste à Lei da Cidade Limpa, onde se planeja que todas as fiações sejam subterrâneas, a exemplo da Sabesp. Pode????????

Cadê a fiscalização da Subprefeitura da Penha?

SAMUEL OLIVEIRA"

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Clique para ver o mapa no Apontador

Agradecemos a colaboração, Samuel, e enviaremos sua mensagem para a Sabesp.


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Fotos: Samuel Oliveira

18 de fev. de 2009

ALGUÉM TEM QUE CUIDAR DO QUE É PÚBLICO, DIZ VLAVIANOS

SOS São Paulo - A cidade em nossas mãos

Entrevista exclusiva com o artista plástico Nicolas Vlavianos

O artista plástico Nicolas Vlavianos, criador da escultura "Progresso" - hoje totalmente abandonada e pichada no Largo Arouche, como denunciamos no post "Progresso? Pobre arte pública...", conversou com a equipe São Paulo Urgente sobre as condições de sua obra, o papel do poder público, das empresas e dos cidadãos na conservação de monumentos e no respeito à arte.

"Progresso" foi criada em 1974, integrada ao programa Arte na Cidade da prefeitura paulistana e, na década de 1990, foi transferida para o Largo do Arouche após uma dessas centenas de ações de "revitalização do centro". Sem restauração, manutenção ou qualquer tipo de cuidado há anos, atualmente o que mais chama a atenção na escultura é seu estado precário, suas inúmeras pichações, ausência de iluminação e esquecimento por parte da prefeitura.

Confira a entrevista na íntegra:

São Paulo Urgente - Alguém procurou o senhor interessado em restaurar a escultura "Progresso" que está no Largo do Arouche?

Nicolas Vlavianos - Não, ninguém me procurou. Essa obra foi repintada uma vez, depois foi repintada de novo e agora está suja mais uma vez, sem ninguém tomar conta.

SPU - Então ela já foi restaurada em outra ocasião?

Vlavianos - Sim, há mais ou menos 10 anos.

SPU – E como é para o senhor, que é criador da obra, vê-la nessas condições? Originalmente, a escultura nem ficada no Largo do Arouche...

Vlavianos - A escultura foi feita para o centro da cidade. Foi recomendado que eu deveria fazer uma obra estreita para poder passar o caminhão do Corpo de Bombeiros. Ela foi feita para um determinado lugar, mas depois resolveram fazer o calçadão na região central e a escultura foi levada para o Largo do Arouche. Originalmente ela estava no cruzamento das ruas 24 Mario e Dom José de Barros. Depois disso a obra foi retirada, repintada e colocada no Largo do Arouche.

SPU – E quais seriam as causas desse abandono, na sua opinião? É descaso da Prefeitura, que não tem interesse em fazer a manutenção, ou é uma questão de cidadania, de falta de acesso à arte, das pessoas que olham para a escultura e não a entendem como arte?

Vlavianos - Pode ser que existam pessoas que não entendam isso como arte, não há dúvida. Acho que toda forma de arte tem seus adeptos e também tem pessoas que consideram algo sem importância.

Agora, como ela foi colocada lá no Largo do Arouche, num lugar bastante privilegiado, acho que todo mundo considera uma obra de arte. Todos percebem que se trata de uma obra de arte - a Prefeitura o Estado, que tomam conta, por assim dizer, da cidade. Não colocariam algo sem valor num lugar tão privilegiado.

O público percebe a escultura "Progresso" como obra de arte, uma obra importante por ser colocada neste lugar. Só que o vandalismo sempre existe em obras de arte. Qualquer casa ou prédio estão sujeitos a serem pichados. É algo que nós não podemos evitar.

Não adianta nós falarmos, querermos educar. Não adianta querer que todo mundo respeite porque nós mesmos às vezes não respeitamos certas regras. Passamos na fila na frente dos outros, por exemplo. Querer ser o primeiro significa não respeitar o outro. Depois queremos que os outros respeitem.

É muito difícil, a cidade é muito grande. Em uma pequena cidade todo mundo se conhece, todo mundo respeita o seu vizinho. Mas se é uma cidade grande as pessoas vem dos mais variados locais fora do centro e dizem "bom, vamos pintar, vamos escrever naquela obra ali" ou "vamos pichar este prédio" e consideram isso um ato de coragem, um ato heróico até. Então é difícil.

Agora, difícil ou não, a Prefeitura, o Estado ou qualquer um que tem a responsabilidade de zelar pela coisa pública - porque é isto que quer dizer República, Res publica é a coisa pública - alguém tem que tratar, tem que restaurar, alguém tem que cuidar para não ser vandalizada. Este é o problema.

Nós estamos num regime republicano, mas as coisas públicas ninguém respeita. Os que estão para zelar não se interessam muito e tem inúmeros monumentos que foram destruídos dessa maneira. O monumento que foi feito em homenagem ao Garcia Lorca foi também vandalizado.

A escultura "Progresso" é bastante grande e forte para poder resistir aos vândalos. Se fosse uma obra menos consistente, iam quebrar, pegar pedaços. Isso é muito comum e não acontece só no Brasil. Acontece em todo lugar. O governo toma conta dos lugares. Você não pode atirar pedras num templo antigo, não pode pintar em cima de uma imagem gótica, mas não adianta, tem que tomar conta.

Eu acho que não só os poderes públicos, mas também grandes empresas que se interessam por cultura, pelos bens culturais, tem que se interessar também e não é só culpar o governo. O governo também tem sua parte na culpa, mas também tem os outros. As empresas tem tomar conta também. Acho muito importante.

Aliás, acho mais importante que empresas como a Votorantim (parceira da Prefeitura paulistana na restauração de obras artísticas e monumentos), ou outra grande empresa, se interessar pela cultura ou por São Paulo do que os poderes públicos. O poder público muitas vezes não se interessa muito.

A Votorantim, por exemplo, é uma empresa que tem como presidente uma pessoa muito importante, então tem também que se sensibilizar.

Leia mais neste blog no post "Progresso? Pobre arte pública.."

Acesse o site oficial de Nicolas Vlavianos -
www.nicolasvlavianos.com.br


Texto/Fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto
Fotos de Nicolas Vlavianos - site oficial do artista plástico

17 de fev. de 2009

TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

A cidade vista por todos os lados

Por Gladstone Barreto

Em 17 de fevereiro de 1922, o Teatro Municipal foi palco do último dia da Semana de Arte Moderna

VEJA MAIS FOTOS DO SÃO PAULO URGENTE NO FLICK

SÃO PAULO EM 1929

16 de fev. de 2009

LA MISTICA, CAPISCI?

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Por Nei Schimada

Domingo, almoço de domingo no casarão no Bexiga.

O Doutor Alvaro Neto virou a esquina cantando os pneus, encostou o carro de qualquer jeito, quase um metro da guia, freou, saltou, correu.

O motorista do carro que vinha atrás xingou todas as gerações da família Menna:
- Vaffanculo, testa di cazzo! - respondeu.

O Nono Alvaro estava completando 100 anos e por trágica coincidência, estava nas últimas, já deitado na cama. Giorno di nascere, giorno di morire, gritava o velho com o retrato gordo e risonho da nona Matilde no peito.
- La vecchiotta che mi aspetti, putana mia!

Alguns convidados para o que seria uma festa de aniversário se acomodavam pelos jardins, pelas salas, espalhados em nichos de consanguíneos e agregados.

As crianças sobravam em energia, correria, folguedos e fome. As lasanhas esfriando na mesa da cozinha. Os últimos vapores do espaguete. A salada murchando, a maionese amarelando e Gina abre espaço na geladeira para guardar o bolo de novo!

Tudo ia bem até mais ou menos onze e meia. Colocaram o velho na janela para as pessoas que vinham chegando o verem emoldurado logo na entrada. No fundo da sala, tocava uma coletânea de Adoniran, bem ao gosto do vecchio oriundo.

Mas onze e meia, quase isso ou nem isso, o velho levantou-se da cadeira, olhou o vazio do horizonte que dava no prédio em frente, segurou-se na cortina e desabou pela sala enquanto Adoniran dizia que "Arnesto convidou prum samba". Um médico, um médico, um médico!

Alvinho ou o Doutor Alvaro Neto estava de plantão, viria mais tarde, não dava pra largar a emergência das Clínicas num domingo. Mas ele largou. Era il nono, per favore. E Alvinho era o neto favorito.

Da porta do quarto viu que o velho não amanheceria a segunda-feira. Tirou a pressão, auscultou, soltou uma lágrima. Ao pé de ouvido disse à tia Laura que chamasse o padre.
- Ja chamei, Alvinho, ele não esta em São Paulo.

O moribundo, num estalo de lucidez disse que não precisava de padre.
- Mas Nono - disse Alvinho constrangido - tem que descansar a alma.
- Io capisco, ma serve qualquer porcheria, até macumbeiro!

Os filhos e filhas mais próximos que estavam no quarto começaram a discutir a situação. Padre Bernardo que celebrara os casamentos, as eucaristias dos netos e bisnetos teria que encomendar a alma do Nono.
- Padre Bernardo foi benzer o Palestra em Campinas contra a Ponte Preta.
- Padre Bernardo foi almoçar nos beneditinos.
- Padre Bernardo tem uma namorada.

Localizaram o celular do padre. Ele está em Campinas benzendo o Palestra. Passaram o telefone pro Nono. O Nono só ouvia e concordava com a cabeça. "Si si si. Non non non. Amém".
- O que ele disse, Nono?
- La mistica, capisci? - respondeu num sorriso que o rejuvenesceu cem anos. Adormeceu. Atacaram as lasanhas e saladas. As tias e carpideiras, as rezas.

II
Duas horas depois começou a ter convulsões, olhos retorcidos, gases, ruídos. Tiraram as crianças do quarto.
- Tragam as velas que o Nono esta indo!
- Non precisa perche io vado remando, tonto!
E foi.

Nei Schimada, 43, punk, poeta e dekassegui, escreve de Hamamatsu shi - Japão. É blogueiro da Estrovenga dos Corsários Efêmeros

15 de fev. de 2009

HÁ 87 ANOS, A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922

São Paulo Lado A,B,C,D...

Há 87 anos, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, acontecia a Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Marco da história artística e cultural brasileira, o evento foi pautado pela ruptura e oposição ao conservadorismo que predominava nas artes até então.

Liberdade de expressão, abandono de "regras" artísticas e valorização do que era originalmente nacional, de raízes brasileiras, impulsionando o Modernismo no Brasil.

Pintura, escultura, poesia, literatura e música ocuparam o Teatro Municipal numa manifestação coletiva integrada por nomes como: Anita Malfati, Di Cavalcanti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Menotti Del Picchia, Graça Aranha, Manuel Bandeira, Antonio Garcia Moya, Guiomar Novaes, Villa-Lobos entre outros.

O Municipal, alugado por mais de 800 mil réis (com "patrocínio" do ricaço Paulo Prado, que convenceu outros barões do café e apoiar o evento), recebeu exposições, noites literárias, palestras, apresentações musicais e até suas escadarias foram palco dos "revolucionários" da arte em 1922.

Aqui no São Paulo Urgente, vamos comemorar com trechos de poesias, imagens daquele ano e também fotos atuais do Teatro Municipal.




Cartazes de Di Cavalcanti e
foto do Teatro Municipal na década de 1920




Texto: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

14 de fev. de 2009

A PAULICÉIA DESVAIRADA DE MÁRIO DE ANDRADE AINDA É ATUAL

São Paulo Lado A,B,C,D...

Em 1922 também foi publicado Paulicéia Desvairada, livro do paulistaníssimo Mario de Andrade, um dos teóricos da Semana de Arte Moderna e do próprio Modernisno, ao lado de seu colega Oswald de Andrade.


Como vemos no trecho abaixo, Paulicéia Desvairada, apesar de publicado há 87 anos, sob o olhar de Mario de Andrade na década de 1920, permanece muito atual.


Até hoje as rápidas mudanças prevalecem na cidade, assim como o tempo instável, entre o frio e o calor da terra da garoa...


Monotonias das minhas retinas...

Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...
Todos os sempres das minhas visões! "Bom giorno, caro."

Horríveis as cidades!
Vaidades e mais vaidades...
Nada de asas! Nada de poesia! Nada de alegria!
Oh! Os tumultuários das ausências!
Paulicéia - a grande boca de mil dentes;
e os jorros dentre a língua trissulcade
pus e de mais pus de distinção...
Giram homens fracos, baixos, magros...
Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...

Estes homens de São Paulo,
Todos iguais e desiguais,
Quando vivem dentro dos meus olhos tão ricos,
Parecem-me uns macacos, uns macacos.

(versos de "O cortejo", do livro Paulicéia Desvairada)

Minha Londres das neblinas finas!
Pleno verão. Os dez mil milhões de rosas paulistanas.
Há neves de perfume no ar
Faz frio, muito frio...
E a ironia das pernas das costureirinhas
Parecidas com bailarinas...
O vento é como uma navalha
Nas mãos de um espanhol. Arlequinal!
Há duas horas queimou o Sol.
Daqui a duas horas queima o Sol

(versos de "Paisagem nº 1", em Paulicéia Desvairada)
Na imagem, Mário de Andrade (sentado no chão), Anita Malfatti (sentada, ao centro) e amigos na exposição de Zina Aita (à esquerda de Anita), em São Paulo - 1922
Foto: Acervo do Departamento Histórico de São Paulo
Capa de 1ª edição de Paulicéia Desvairada - Acervo Instituto Moreira Salles
Texto: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

13 de fev. de 2009

BOCA DE LOBO BANGUELA FOI CONSERTADA




Você viram o post “Boca de logo banguela”, publicado no dia 27.01, sobre um buraco perigosíssimo numa boca de lobo, próxima a faixa de pedestres na rua do Arouche? Pois é, a grade foi substituída, como nos informou o internauta Carlos Sampaio enviando suas fotos para a seção Cidade Celular.

Fomos até lá conferir e taxistas do local confirmaram que a troca da grade foi feita no dia 7 de fevereiro. Boa notícia, não?

Rua do Arouche: antes e depois














Tomara que o buraco no cruzamento da rua Araujo com rua Major Sertório também seja consertado porque a grade que fecha a boca de lobo também está quebrada - e, novamente, bem na faixa de pedestres, como alerta Carlos Sampaio nas fotos abaixo.














Use seu telefone móvel, registre fotos ou vídeos e envie para o Cidade Celular - flagrantes da cidade, queixas, problemas, sugestões, eventos, pessoas.

Mobilize-se! Participe enviando sua mensagem para saopaulourgente@gmail.com

Ao internauta Carlos Sampaio, nosso agradecimento por colaborar com o São Paulo Urgente.

Texto: Flaviana Serafim
Fotos: Gladstone Barreto e Carlos Sampaio

12 de fev. de 2009

NAMORO NO PARQUE

São Paulo Lado A,B,C,D...

Além de belíssimo e bem cuidado, o Parque Buenos Aires é um convite para bons momentos...



Foto: Gladstone Barreto

11 de fev. de 2009

PLÍNIO MARCOS NO CARNAVAL PAULISTANO? SIM!

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Imaginem o santista Plínio Marcos sambando de chinelo Havaianas, chapéu e colete colorido. Difícil? Não! O dramaturgo e ator faleceu há 10 anos, mas foi o “pai” da banda carnavalesca Bandalha, hoje “Banda Redonda” e que põe seu bloco nas ruas paulistanas dia 16 de fevereiro, a partir das 19h00 na esquina da rua Consolação com av. Ipiranga (em frente ao teatro Eugênio Kusnet).

A banda surgiu em 1972, em plena ditadura militar, quando Plínio gravava a novela “Bandeira Dois”. No Rio de Janeiro, sem suportar mais as provocações dos cariocas, o dramaturgo convidou seu colega de teatro, o sambista Carlos Costa, para criar a banda carnavalesca. E assim nasceu a Bandalha.

Decidido a mostrar aos fluminenses que carnaval de paulista não é só de bloco de concreto armado, nem cordão de isolamento, lá estava Plínio Marcos como presidente da banda. Já no primeiro desfile, a atriz Etty Frazer de Porta Estandarte, e o ator Toni Ramos como Mestre Sala.

Enquanto no Rio a Banda de Ipanema era animada por Leila Diniz e Odete Lara, em Sampa fi
camos com Pepita e Lolita Rodrigues, Walderez de Barros entre outras atrizes, atores, jornalistas e foliões.

Dois anos depois o dramaturgo se “injuriou” da Bandalha e, em 1974, Carlos Costa, o Carlão, juntou os remanescentes do grupo e criou a Banda Redonda. Há 35 anos é o Carlão da Vila – ou Carlão do Boné - que leva a Banda Redonda para a avenida, seguido por nada menos que 15 mil paulistanos!

Anualmente, a banda presta homenagem a personalidades do meio cultural e artístico, e o próprio Plínio Marcos é a figura do Carnaval 2009. Com ou sem fantasia, de touca, chinelo Havaiana ou não (só não vale livro embaixo do braço), junte-se a Banda Redonda!

Veja o percurso: Rua da Consolação, seguindo pela Xavier de Toledo (Teatro Municipal), Cons. Crispiniano, Av. São João, Av. Ipiranga, Praça de República, cruzando a Av. São Luís. “Voltando ao ponto de partida na frente do Teatro de Arena, o desfile da ‘Redonda’ se encerra com algumas músicas do verdadeiro carnaval de rua”, prometem os organizadores.


Plínio Marcos e Carlão

Saiba mais acessando o site oficial do Plínio Marcos

Desfile da Banda Redonda
16.02.2009, às 19h00
Concentração e
m frente ao Teatro de Arena Eugênio Kusnet
R. Teodoro Baima, 94 (em frente a Igreja da Consolação)
Informações: Carlão (SPTuris) – 2226-0651 / Elias (Teatro de Arena) 3256-9463

Texto: Flaviana Serafim
Fotos: site oficial Plínio Marcos