SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos
Piscinão Eliseu de Almeida/Taboão da Serra. Mais fotos no FLICKR
É óbvio que as medidas contra enchentes são absolutamente indispensáveis, necessárias, urgentes! Para nós, isso é indiscutível. Mas por que tanto investimento na construção de piscinões se eles não resolvem a raiz do problema? Por que o piscinão virou uma solução isolada, tratada como única capaz de impedir a desgraceira trazida pelas enchentes? A quem interessa obras tão caras – à população, aos governos, empreiteiras…?
O uso do piscinão para conter o transbordamento dos rios pode ser uma solução razoável, de curto prazo. Só que 1) é uma obra nem sempre é efetiva porque continuam os riscos de transbordamento (o que já ocorreu no piscinão da foto, na divisa de São Paulo e Taboão da Serra); 2) a costumeira falta limpeza dos piscinões faz deles reservatórios de lixo, contaminação, doenças como a dengue e mal cheiro constantes; 3) quem projeta um piscinão, com certeza não vive ao lado de um desses reservatórios!
Num futuro próximo, talvez esses elefantes pardos talvez não sirvam pra combater enchente nenhuma e vão ferir pra sempre a paisagem das periferias, já tão abandonadas… Uma tristeza, que custa caro a todos nós também, não é?
Plano prevê construção de 131 (!!!!!!) piscinões
Além das ações rápidas e cotidianas, como a manutenção da limpeza dos rios, há projetos mais amplos para combate às enchentes como o Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê.
No plano, estão previstos nada menos que 131 piscinões na região metropolitana de São Paulo. Se todos custarem o mesmo que o piscinão Eliseu de Almeida/Taboão da Serra, ou R$ 11,7 milhões, o custo total será de mais R$ 1,5 bilhão.
O plano de macrodrenagem é de 1998 e “busca complementar as necessárias obras de melhoria hidráulica dos rios Tietê e Tamanduateí com um conjunto de soluções modulares” (veja detalhes no site do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, do governo estadual).
“O Plano Diretor de Macrodrenagem visa, em síntese, diagnosticar os problemas existentes ou previstos no horizonte de projeto a determinar, do ponto de vista técnico-econômico e ambiental, as soluções mais interessantes”, informa o DAEE na internet. Mas parece que suas “soluções interessantes” se resumem ao PISCINÃO…
Saiba mais: Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê Piscinões Piscinões em operação Piscinões em obras Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE Artigo do geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos “Piscinões: um atentado urbanístico e ambiental” |
Texto/fotos: Flaviana Serafim/Gladstone Barreto
Amigo, sua reportagem é super interessante, escrevi sobre o assunto, e extrai uma pequena linha de seu blog, para servir de base no meu, estou te comunicando. Não te conheço pessoalmente, mas vai me abraço e minha estima. estou te seguindo por que acredito na sua competência.
ResponderExcluirProque não trasformar piscinoes em entro de despoluição de esgoto e sugeiras,fazendo uma parceria com a Sabesp
ResponderExcluirhttp://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=12725107390507932368&aid=1299729591
Porque nao transformar os piscinoes em central de tratamento de agua e esgoto,sazendo parceria com a sabesp e pronejando os mesmo com quem entende.... a propria população
ResponderExcluirhttp://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=12725107390507932368&aid=1299729591