1º comentário do leitor André Pasqualini no post ENTREVISTA: "CICLOVIAS LEVAM DE LUGAR NENHUM ATÉ NENHUM LUGAR":
"Vado, não sei se o erro é seu ou do(a) Jornalista, mas o correto é Praça do Ciclista e não 'Praça das Bicicletas' o local onde ocorre as concentrações para a bicicletada.
Segundo quero saber de quem é o grifo em destaque quando ocorre a crítica aos ciclistas de entregas tratado de forma negativa na matéria? É do Vado ou do(a) jornalista?
Estranho destacar a necessidade de educação do ciclista e não ver nenhum destaque quando o Vado fala sobre a FALTA DE RESPEITO AS LEIS E A VIDA POR PARTE DOS MOTORIZADOS.
Por mais que alguns ciclistas desrespeitem as leis de trânsito (alguns e não todos de uma categoria como afirma preconceituosamente a matéria) não conheço um caso sequer de um ciclista que tenha tirado a vida de alguém.
Em compensação, graças a esse desrespeito a vida por parte dos motorizados, pelo menos 1500 pessoas perdem a vida, todos os anos, em nossa cidade. Portanto o que merece destaque?"
1ª resposta dos blogueiros do São Paulo Urgente:
Olá, André Pasqualini!
Agradecemos pela correção e já alteramos o texto para "Praça do Ciclista".
O grifo da pergunta nº 8 é nosso, para chamar atenção à necessidade de educação no trânsito, "mostrando os benefícios da boa convivência entre ciclistas, pedestres e motoristas", como afirma o próprio entrevistado.
Nossa referência ao "ciclista-trabalhador" não é preconceituosa de forma alguma. Moramos no centro da cidade, onde este tipo de ciclista se prolifera e observamos diariamente a falta de equipamento de segurança, de respeito aos pedestres, sem contar os riscos em manobras pavorosas entre os carros.
É provável que nenhum destes ciclistas tenha tirado a vida de ninguém - ainda bem! Porém, já vimos atropelamento envolvendo estas pessoas, vitimando idosos e crianças, inclusive.
Quanto ao desrespeito dos motorizados, concordamos plenamente. Os ciclistas, infelizmente, têm sido alvos fáceis dos motoristas estressados. Daí procurarmos o Vado, amigo de longa data, para esta entrevista.
Além da história pessoal do Vado, como cicloativista e fundador do Moonlight Bikers, nossa idéia é compartilhar com os internautas dicas de segurança e orientações para que mais pessoas possam curtir a cidade de bike. E, claro, para que exista uma respeito entre todos - motoristas, ciclistas, pedestres.
Se quiser enviar um relato, crônica ou qualquer texto comentando sua experiência pessoal como ciclista nesta cidade agitada, envie para nós. Será um prazer publicar em nosso blog.
Abraços,
Flaviana Serafim e Gladstone Barreto
saopaulourgente@gmail.com
2º comentário de André Pasqualini:
"Acontece que quando você grifar o texto de alguém sem que a pessoa mande grifar, você passa uma ênfase sua e não do interlocutor.
Não quero defender o ciclista, colisões causadas por imprudência de ciclistas acontecem, mas não considero um problema grave. Problema é 1500 pessoas morrer no trânsito sendo que metade são pedestres.
Enquanto a maioria dos ciclistas nunca tirou carteira de habilitação, e nunca teve aulas de trânsito, nem na escola, todo motorista fez aulas e sabe dos seus deveres no trânsito.
Da maneira que foi colocada parece que o ciclista é culpado pela sua falta de educação, mas será que ele teve acesso a ela? Quem tem uma responsabilidade maior no trânsito, o ciclista ou o motorista?
Muitos motoristas tiram a vida de idosos e crianças e porque eles não mereceram um destaque?
Além do mais eu discordo do Vado de que esses ciclistas 'queimem nosso filme'. Há milhares de motoristas que pilotam com absoluta prudência, mas tem um numero considerável de motoristas que dirigem de maneira imprudente e nem por isso 'queimam o filme' dos demais motoristas. A única coisa que todos motoristas queimam é combustivel.
Abraços
André Pasqualini
10 de Outubro de 2009 05:13"
2ª resposta dos blogueiros do São Paulo Urgente:
Caro André Pasqualini,
Temos todo o direito de fazermos o grifo, sim, uma vez que isso não altera o que foi dito pelo entrevistado. Nós simplesmente destacamos a importância dos "benefícios da boa convivência entre ciclistas, pedestres e motoristas" - afirmação do próprio Genivaldo.
Todas as declarações do Vado - bem como o espaço dado à entrevista - visam justamente defender o espaço do ciclista, e não do motorista. O foco é quem anda de bicicleta e não de carro.
Porém, não poderíamos deixar de comentar os erros cometidos por essa categoria específica, que é a do "ciclista-trabalhador", carregando botijão de gás, galões de água ec irculando na contramão, desrespeitando o sinal aberto para o pedestres entre outros. Seria absurdo de fechássemos nossos olhos para esta questão.
Não há qualquer generalização quanto à conduta dos ciclistas, ao contrário, citamos única e exclusivamente os erros da categoria acima citada. E reafirmamos: o foco do pingue-pongue publicado em nosso blog com o Vado foi quem anda de bicicleta e não de carro. Daí não existir sentido, neste caso, de citarmos os atropelamentos causados pelos motorizados.
Sugerimos que você leia novamente a entrevista e perceba que nosso foco pró-ciclista está claro. Talvez você não esteja considerando a avaliação corretíssima do Vado quanto às políticas públicas voltadas às bicicletas, nem as orientações e dicas de segurança deste experiente cicloativista que é o Genivaldo.
Agradecemos pelo contato e reafirmamos: nosso blog está aberto à publicação de seu relato pessoal como ciclista. Envie seu texto, crônica ou, se preferir, pode até ser nosso entrevista do também. Será ótimo divulgarmos sua opinião.
Gratos,
Flaviana Serafim e Gladstone Barreto
saopaulourgente@gmail.com
Atualizado em 10/10/2009
Pena insistirem que são erros "da categoria acima citada". Há ciclistas atletas que também fazem bobagem no trânsito. Há ciclistas em barraforte levando a marmita que também pedalam direito. Não se pode generalizar. De certa forma, é preconceito contra o ciclista que pedala de calça jeans e sem capacete, não podemos estimular isso.
ResponderExcluirAlém do mais, se eu estivesse carregando um botijão de gás na bicicleta, muitas vezes iria preferir pedalar uma quadra na contramão do que dar uma volta de 500 metros. Isso é mais comum do que pode parecer.
As mãos das vias foram pensadas para o fluxo motorizado e muitas vezes são bastante prejudiciais para o ciclista. Por exemplo, para quem sobe da Aclimação para a Paulista tem que fazer uma conversão proibida na Vergueiro, pouco abaixo do Centro Cultural. Por que? Porque se não o fizer, tem que dar uma volta bem grande e SUBIR A RUA DO PARAÍSO! Não é qualquer ciclista que consegue subir aquela rua. Naquele lugar, eu SEMPRE faço a conversão proibida, que me poupa os tais 500 metros com uma ladeira matadora. Não dá, né?
Não nego que haja excessos, mas eles não são só da tal caetgoria acima citada. Já vi muito ciclista de capacete, bermuda de ciclismo e sapatilha pedalando na contramão onde realmente não precisa. Ou pedalando na calçada em alta velocidade, correndo o risco de atropelar um idoso ou uma criança saindo de alguma casa. Culpa da categoria ou culpa exclusiva do sem noção que faz isso?
No mais, parabéns por publicar um post com o debate e por abordar o assunto.
O Willian, já falou por mim. Vocês tem o direito de fazer o que quiser em uma matéria, grifar, editar, mas se alguém grifasse ou editasse um texto meu, com certeza iria reclamar, pois não acho correto.
ResponderExcluirComo o Willian disse, vocês foram sim preconceituosos ao classificar o "ciclista trabalhador" como pessoas que cometem barbaridades no trânsito. Colocam no mesmo balaio todo mundo, mesmo aqueles que andam com prudência. Sem contar que 70% dos ciclistas que vemos pedalando são da categoria trabalhador, veja a pesquisa OD.
Também disse em outro comentário que vocês grifaram a crítica que ele faz aos ciclistas que desrespeitam as leis e não grifaram quando ele fala dos motoristas mal educados que prejudicam os ciclistas. O foco não é o ciclista? Porque não grifar algo tão importante que é a falta de respeito com o ciclista por parte dos motorizados?
Tá difícil discutir com vocês, como já disse, a entrevista do Vado está boa e coerente com o que ele faz e prega no ciclismo em São Paulo, o problema é na conotação negativa que vocês deram a entrevista quando generalizam em relação aos "ciclistas trabalhadores".
Só isso.