Povos de São Paulo, tribos do mundo
Que tal fazer da bicicleta seu meio de transporte? Ou pedalar simplesmente por prazer? Conheça a história e as dicas de Genivaldo Gonçalves, o Vado, paulistano cicloativista que quer percorrer o Velho Chico de bike.
Genivaldo Gonçalves é ciclista engajado e apaixonado, daqueles que pedalam diariamente desde criancinha. Fundador do MoonLight Bikers Clube, criado em 1995, Vado é incentivador do cicloturismo, do hábito saudável de pedalar – e com segurança.
Na estrada ou pelas ruas da cidade, o mote do MoonLight Bikers é: “Queremos apenas pedalar e bater papo”. Em entrevista ao blog São Paulo Urgente, Vado avalia os debates e ações sobre o uso da bicicleta, os problemas enfrentados pelos ciclistas e dá dicas de segurança para quem quer se aventurar de bike em São Paulo.
Com a experiência de quem se aventura numa bike desde a infância, Vado criticou a criação de ciclovias só para o lazer - “o que não ajuda em nada aqueles que utilizam a bike como meio legítimo de transporte. As tais ciclovias, levam o ciclista de nenhum lugar até ali, em lugar nenhum”, ressaltou.
No final da entrevista, links úteis para quem deseja pedalar na cidade ou na estrada.
1- Por que você optou pela bicicleta como meio de transporte? Quais as vantagens, já que nas ruas é preciso enfrentar o estresse do motorista paulistano?
Vado: A minha opção, digo, paixão pela bicicleta como meio de transporte e lazer, vem desde muito criança. Precisamente aos 12 anos quando adquiri minha primeira bike, com meus próprios meios. Na época, pedi ao meu tio para que fizesse uma caixa de engraxate e montei meu posto na porta da padaria Vacari, no Bairro da Água Funda, zona sudeste de Sampa.
Para todos os clientes eu contava a história de porque estava ali e sempre recebia uma caixinha a mais. Em menos de 6 meses eu estava com a minha Gallo (a legítima portuguesa), dando inicio à minha saga como ciclista.
2- O uso da bicicleta está em destaque na mídia e em algumas políticas públicas como a criação das ciclovias, acesso ao Metrô etc. Porém, como você avalia o espaço e o respeito necessário aos ciclistas? Quais os problemas que vocês enfretam?
Vado: Realmente, nos últimos 10 anos, vem ocorrendo a criação de alguns quilômetros de ciclovias de lazer, o que não ajuda em nada aqueles que utilizam a bike como meio legítimo de transporte. As tais ciclovias, levam o ciclista de Nenhum Lugar até ali, em Lugar Nenhum.
Chega-se ao absurdo de, em alguns trechos, a ciclovia acabar no meio do nada, sem sinalização e com guia alta, levando os incautos um belo tombo, com direito aos já tradicionais ralados. A abertura dos trens do Metrô e suburbanos, infelizmente, também está ligada apenas ao ciclismo de lazer. Por isso (o acesso aos trens) apenas acontece nos finais de semana e feriados.
Entre tantos problemas com os motoristas mal educados, ainda temos que suportar as autoridades que não têm conhecimento do Código Nacional do Trânsito - que nos dá a liberdade de transitar no acostamento e, na falta deste, no lado direito da pista. Para estas pessoas, aliás, para a maioria dos motoristas, o ciclista tem que trafegar na calçada quando, na verdade, deveria utilizá-la apenas quando desmontados da bike.
3 - Que medidas são necessárias para que as bicicletas realmente tenham seu lugar nas ruas de São Paulo?
Vado: Em primeiro lugar, que sejam aplicadas as sanções aqueles que não cumpram o regulamento. Depois vem a conscientização dos motoristas e dos próprios ciclistas, no que se refere a trafegar, a conviver solidariamente.
Tem também o uso de equipamento apropriado, andar no mesmo sentido dos demais veículos etc. Sempre na última 6ª feira do mês, ocorre o evento “Bicicletada”, na Praça do Ciclista, próxima ao final da Avenida Paulista, quase esquina com a Rua da Consolação. Este pessoal tem por meta conscientizar a população e as autoridades da necessidade de ter a bicicleta como meio de transporte eficaz e correto.
4 - Você é o criador do grupo Moonlight Bikers. Gostaríamos que você contasse a história dessa iniciativa.
Vado: Após participar de vários grupos organizados de ciclistas e aprender como lidar com grande número de pessoas, começamos a notar algumas necessidades, tais como: além de pedalar por lugares históricos, que fosse numa velocidade que permitisse aos participantes apreciarem tais locais, incluindo uma parada para descanso e uma "boquinha". E, baseados nessas experiências, em 1995 resolvemos formar o Moonlight Bikers Clube, para dar mais uma opção de lazer aos amantes do ciclismo, pedalando com segurança pelas ruas de São Paulo.
5- Como participar do Moonlight Bikers Clube?
Vado: No momento, o Moonlight Bikers suspendeu os passeios noturnos por conta da minha impossibilidade de estar à frente do grupo. Mas estou nas cicloviagens, que normalmente ocorrem em um final de semana especifico e com duração de no máximo três dias, para aquelas viagens mais longas. No geral, as cicloviagens são efetuadas num mesmo dia.
Aqueles que estão querendo participar de passeios noturnos, visitem o link http://www.wde.com.br/bike/passeios.htm. Nele com certeza encontrará um grupo próximo a residência ou local de trabalho, facilitando o acesso. No site, que pertence ao Wadilson, outro cicloativista dos bons, há diversas opções de pedal.
6 – Que outros grupos você destacaria?
Vado: Entre tantos grupos, poderemos destacar os principais, como: Night Bikers, da Renata Falzoni, criadora dos passeios noturnos por São Paulo; o Sampa Bikers, do Paulinho de Tarso, e o Moonlight Bikers, é claro.
Tenho o prazer e honra de dizer que faço parte desta nata de empreendedores. Estes grupos serviram de inspiração aos demais que hoje estão espalhados de norte a sul do país.
Infelizmente, não posso citar nomes dos amigos, pois com toda certeza ficaria em falta com os demais, mas, todos eles, ao lerem a entrevista, saberão que fazem parte desta lista
7 - Quais suas recomendações para quem pretende começar a pedalar? Quais as dicas de segurança e equipamentos adequados para circular tranquilamente em Sampa?
Vado: Tranquilamente, eu diria que é um tanto difícil, visto que a cada dia aumenta o número de veículos nas grandes cidades, e aqui em Sampa não é diferente.
Os equipamentos de segurança, são: capacete, luvas, roupas adequadas à prática do esporte, e, é claro, que não pode faltar a BICICLETA passada por uma revisão, para evitar dores de cabeça.
Aqueles que pretendem começar a usar a bike como meio de transporte, o conselho é que inicie pelo lazer. Outra dica é dirigir-se ao Parque das Bicicletas, no Parque Ibirapuera (esquinas da Avenida Indianópolis com Avenida Iraê). Lá tem a Escola da Bicicleta. Além de ser uma excelente opção para aprender a andar com segurança, tem o “Ibira”, para dar um giro e fazer amizades.
8 - Temos um tipo diferente de ciclista: é o "ciclista-trabalhador", que usa aquelas bikes com carregadores, transporta até botijão de gás. É um tipo que, além de não usar equipamento de segurança, não respeita os pedestres e se arrisca em manobras perigosas entre os carros. Como lidar com esse ciclista?
Vado: Infelizmente, a ignorância desses trabalhadores e a pressão exercida pelos patrões, para que o serviço seja o mais rápido possível, faz com que estes profissionais, “queimem o filme” dos ciclistas que lutam pelos seus direitos.
Geralmente montados em suas cargueiras e baús, não respeitam, ninguém. Neste ponto voltamos às autoridades, que deveriam fazer um trabalho de educação, a partir da pré-escola, mostrando os benefícios da boa convivência entre ciclistas, pedestres e motoristas.
9 – Pedalando há tantos anos, você tem quilômetros e quilômetros percorridos por diversos lugares. Até onde você quer chegar com sua bike?
Vado: Como costumo falar ao pessoal, tenho 4.9 anos, bem vividos e sem arrependimentos. E entre as minhas metas cicloturísticas está percorrer o Velho Chico de bike, em homenagem ao grande amigo Zenildo (in memorian). Mas este aí é assunto pra mais de metro! Deixa para uma próxima oportunidade…
Links úteis: Organizações |
Vado, não sei se o erro é seu ou do(a) Jornalista, mas o correto é Praça do Ciclista e não "Praça das Bicicletas" o local onde ocorre as concentrações para a bicicletada.
ResponderExcluirSegundo quero saber de quem é o grifo em destaque quando ocorre a crítica aos ciclistas de entregas tratado de forma negativa na matéria? É do Vado ou do(a) jornalista?
Estranho destacar a necessidade de educação do ciclista e não ver nenhum destaque quando o Vado fala sobre a FALTA DE RESPEITO AS LEIS E A VIDA POR PARTE DOS MOTORIZADOS.
Por mais que alguns ciclistas desrespeitem as leis de trânsito (alguns e não todos de uma categoria como afirma preconceituosamente a matéria) não conheço um caso sequer de um ciclista que tenha tirado a vida de alguém.
Em compensação, graças a esse desrespeito a vida por parte dos motorizados, pelo menos 1500 pessoas perdem a vida, todos os anos, em nossa cidade. Portanto o que merece destaque?
Olá, André Pasqualini!
ResponderExcluirAgradecemos pela correção e já alteramos o texto para "Praça do Ciclista".
O grifo da pergunta nº 8 é nosso, para chamar atenção à necessidade de educação no trânsito, "mostrando os benefícios da boa convivência entre ciclistas, pedestres e motoristas", como afirma o próprio entrevistado.
Nossa referência ao "ciclista-trabalhador" não é preconceituosa de forma alguma. Moramos no centro da cidade, onde este tipo de ciclista se prolifera e observamos diariamente a falta de equipamento de segurança, de respeito aos pedestres, sem contar os riscos em manobras pavorosas entre os carros.
É provável que nenhum destes ciclistas tenha tirado a vida de ninguém - ainda bem! Porém, já vimos atropelamento envolvendo estas pessoas, vitimando idosos e crianças, inclusive.
Quanto ao desrespeito dos motorizados, concordamos plenamente. Os ciclistas, infelizmente, têm sido alvos fáceis dos motoristas estressados. Daí procurarmos o Vado, amigo de longa data, para esta entrevista.
Além da história pessoal do Vado, como cicloativista e fundador do Moonlight Bikers, nossa idéia é compartilhar com os internautas dicas de segurança e orientações para que mais pessoas possam curtir a cidade de bike. E, claro, para que exista uma respeito entre todos - motoristas, ciclistas, pedestres.
Se quiser enviar um relato, crônica ou qualquer texto comentando sua experiência pessoal como ciclista nesta cidade agitada, envie para nós. Será um prazer publicar em nosso blog.
Abraços,
Flaviana Serafim e Gladstone Barreto
saopaulourgente@gmail.com
Acontece que quando você grifar o texto de alguém sem que a pessoa mande grifar, você passa uma ênfase sua e não do interlocutor.
ResponderExcluirNão quero defender o ciclista, colisões causadas por imprudência de ciclistas acontecem, mas não considero um problema grave. Problema é 1500 pessoas morrer no trânsito sendo que metade são pedestres.
Enquanto a maioria dos ciclistas nunca tirou carteira de habilitação, e nunca teve aulas de trânsito, nem na escola, todo motorista fez aulas e sabe dos seus deveres no trânsito.
Da maneira que foi colocada parece que o ciclista é culpado pela sua falta de educação, mas será que ele teve acesso a ela? Quem tem uma responsabilidade maior no trânsito, o ciclista ou o motorista?
Muitos motoristas tiram a vida de idosos e crianças e porque eles não mereceram um destaque?
Além do mais eu discordo do Vado de que esses ciclistas "queimem nosso filme". Há milhares de motoristas que pilotam com absoluta prudência, mas tem um numero considerável de motoristas que dirigem de maneira imprudente e nem por isso "queimam o filme" dos demais motoristas. A única coisa que todos motoristas queimam é combustivel.
Abraços
André Pasqualini
Caro André Pasqualini,
ResponderExcluirTemos todo o direito de fazermos o grifo, sim, uma vez que isso não altera o que foi dito pelo entrevistado.
Nós simplesmente destacamos a importância dos "benefícios da boa convivência entre ciclistas, pedestres e motoristas" - afirmação do próprio entrevistado.
Todas as declarações do Vado - bem como o espaço dado à entrevista - visam justamente defender o espaço do ciclista, e não do motorista. O foco é quem anda de bicicleta e não de carro.
Porém, não poderíamos deixar de comentar os erros cometidos por essa categoria específica, que é a do "ciclista-trabalhador", carregando botijão de gás, galões de água, circulando na contramão, desrespeitando o sinal aberto para o pedestres entre outros. Seria absurdo de fechássemos nossos olhos para esta questão.
Não há qualquer generalização quanto à conduta dos ciclistas, ao contrário, citamos única e exclusivamente os erros da categoria acima citada.
E reafirmamos: o foco do pingue-pongue publicado em nosso blog com o Vado foi quem anda de bicicleta e não de carro. Daí não existir sentido, neste caso, de citarmos os atropelamentos causados pelos motorizados
Sugerimos que você leia novamente a entrevista e perceba que nosso foco pró-ciclista está claro. Talvez você não esteja considerando a avaliação corretíssima do Vado quanto às políticas públicas voltadas às bicicletas, nem as orientações e dicas de segurança deste experiente cicloativista que é o Genivaldo.
Agradecemos pelo contato e reafirmamos: nosso blog está aberto à publicação de seu relato pessoal como ciclista. Envie seu texto, crônica ou, se preferir, pode até ser nosso entrevistado também. Será ótimo divulgarmos sua opinião.
Gratos,
Flaviana Serafim e Gladstone Barreto
saopaulourgente@gmail.com
Carissimo Pasqualini,
ResponderExcluirNa entrevista, em nenhum momento, minhas respostas deixaram de tratar a bicicleta como meio de transporte eficaz e correto. E quando cito a "queima de filme", infelizmente é o que realmente acontece, pois sempre está ocorrendo acidentes em que o envolvido é um biker sem o devido equipamento e muitas das vezes, na calçada ou contramão. E o que acontece, é que a opinião publica se torna generalizada, tratando todos os ciclistas como iguais, mas, nivelados por baixo, inclusive pelas autoridades. Tenho certeza de que voce mesmo já passou por uma destas, sendo interpretado quase como um marginal, quando na verdade esta apenas defendendo o seu direito de ir e vir (de bike).
Não sou radical a ponto de excluir o carro totalmente como meio de transporte, exceto quando não houver outra alternativa e em nenhum momento isto foi citado na entrevista.
Concordo plenamente contigo quando cita o numero altíssimo de acidentes fatais envolvendo veículos e pedestres, ciclistas, idosos, motociclistas e até mesmo motoristas: mas as perguntas feitas, foram relacionadas apenas à bike e à política anoréxica das ciclovias, onde o Excelentíssimo Sr Prefeito, deixa claro que a ciclovias e ciclofaixas, são apenas para o lazer.
A propósito, tenho a bike não apenas como meio de transporte, mas como estilo de vida.
Bikeabraços
Em todo lugar, tem uns parece que não sei XIITAS...É claro que os carros matam as bicicletas não, DAAAAA.....Ele descobriu puxa!!! O caso é que assim como as leis para motoristas devem ser respeitadas a dos cilistas também ou não? Ou o companheiro aí ( também sou da Bike ) é a favor dos que andam na contra mão, que andam sem capacete sem proteção, berrando para imitar buzina nos calçadões? É a favor? Tudo tem que ter ordem e ser regulamentado...TEMOS QUE DAR EXEMPLO E NÂO QUEIMAR O FILME. Acho que o camarada ai nçao gosta muito de ordem não!!!!
ResponderExcluirPena insistirem que são erros "da categoria acima citada". Há ciclistas atletas que também fazem bobagem no trânsito. Há ciclistas em barraforte levando a marmita que também pedalam direito. Não se pode generalizar. De certa forma, é preconceito contra o ciclista que pedala de calça jeans e sem capacete, não podemos estimular isso.
ResponderExcluirAlém do mais, se eu estivesse carregando um botijão de gás na bicicleta, muitas vezes iria preferir pedalar uma quadra na contramão do que dar uma volta de 500 metros. Isso é mais comum do que pode parecer.
As mãos das vias foram pensadas para o fluxo motorizado e muitas vezes são bastante prejudiciais para o ciclista. Por exemplo, para quem sobe da Aclimação para a Paulista tem que fazer uma conversão proibida na Vergueiro, pouco abaixo do Centro Cultural. Por que? Porque se não o fizer, tem que dar uma volta bem grande e SUBIR A RUA DO PARAÍSO! Não é qualquer ciclista que consegue subir aquela rua. Naquele lugar, eu SEMPRE faço a conversão proibida, que me poupa os tais 500 metros com uma ladeira matadora. Não dá, né?
Não nego que haja excessos, mas eles não são só da tal caetgoria acima citada. Já vi muito ciclista de capacete, bermuda de ciclismo e sapatilha pedalando na contramão onde realmente não precisa. Ou pedalando na calçada em alta velocidade, correndo o risco de atropelar um idoso ou uma criança saindo de alguma casa. Culpa da categoria ou culpa exclusiva do sem noção que faz isso?
No mais, parabéns por abordar o assunto. E Armando, você precisa aprender a dialogar e prestar mais atenção no que lê, porque você realmente não entendeu o que o André quis dizer.
Abraços.
Vamos lá...
ResponderExcluirVado, em nenhum momento questionei a sua entrevista, concordo com muitos pontos de vista mas discordo de alguns e isso é normal. Nem todo mundo concorda com o que penso e é um direito de cada um.
O que questionei aí foi o fato da entrevistadora grifar um texto seu, justamente o que você critica os ciclistas irresponsáveis. Mas não fez o mesmo quando você se refere aos motoristas mal-educados. No meu ponto de vista, além de demonstrar uma parcialidade por parte da entrevistadora, minimiza o fato do trânsito ser inseguro, justamente devido a essa má educação por parte dos motoristas. Esses sim que trazem riscos, não só aos ciclistas, mas a pedestres e até aos demais motoristas. Antes todos os motoristas irresponsáveis fossem obrigados a andar só de bicicleta, com certeza o número de mortos no trânsito (1500 por ano só em São Paulo) cairia pela metade.
Quanto ao comentário do Murici, o que é Xiita? Ser Xiita é tentar entender o comportamento de alguém? Ou é julgar as pessoas por suas atitudes sem saber o que as leva a fazer aquilo?
Primeiro senhor Armando, quero que vá comigo até um calçadão e veja a quantidade de ciclistas que passam por ele. Depois conte também quantos são os que passam berrando como você diz. Verá que eles são uma minoria.
Quando ver um ciclista pedalando na contramão, antes de condena-lo a morte, procure entender o motivo. As vezes ele o faz porque, ou teria que dar uma volta imensa, já que nosso sistema viário é feito para os carros, e não para os ciclistas. Ou ele está andando por medo, por achar mais seguro. Tem até uma grande parcela que acha que a bicicleta TEM O DIREITO DE ANDAR NA CONTRAMÃO. Isso porque, ele pode ser orientado por motoristas a faze-lo. Eu mesmo já fui orientado por um agente da CET e um policial rodoviário a andar na contramão.
Eu sou um ciclista experiente e obviamente questionei e disse que era mais seguro andar na mão certa, mas já viu o perfil da maioria dos ciclistas? Tenho pesquisas que apontam que mais de 60% dos ciclistas não tem carteira de habilitação, portanto não sabem leis de trânsito (ou você acha que eles aprenderam licões de trânsito na escola?).
Por isso considero um erro condenar os ciclistas que não respeitam as leis, como respeitar algo que eles desconhecem? É como a lei do 1,5m, anos atrás só os ciclistas conheciam. Hoje, graças a campanhas realizadas "pelos próprios ciclistas" e pela mídia, essa lei já está mais disseminada, já soube até que essa lei foi comentada nos cursos dos CFCs.
Gosto sim de ordem, mas gosto muito mais de direitos, como cobrar de um ciclista o respeito as leis (que a maioria desconhece) sendo que o estado não cumpre a lei que o obriga a dar a segurança ao ciclista?
Sim, portanto vamos primeiro dar condições aos ciclistas e depois cobrar algo dele. Eu dou o exemplo, eu sempre que possível, se vejo um ciclista fazendo algo errado, ou perigoso, tento abordar e explicar os riscos. Não fico metendo o dedo na cara dele, dizendo que ele tá errado. Você faz isso?
Além do mais, capacete não é sinônimo de proteção, se fosse, em Tokyo ou na Holanda, teríamos carnificinas no trânsito, já que ninguém lá usa capacete. Aqui em sampa eu uso capacete, primeiro porque tenho condições de comprar um capacete decente de 200 reais. Segundo é só pra me proteger dos motoristas assassinos, pois se eu vivesse num país civilizado, abriria mão desse equipamento numa boa.
Abraços
André Pasqualini
Bom gente...em resumo é o seguinte, se a gente tem que entender porque "alguns ciclistas andam contra mão"...Alguns eu disse... E o capacete não garante nada então dane-se as regras é por aí dane-se Segurança? Eu sou ciclista ando em Sampa mas sigo as regras, não são para todos? A berraria não é porque os danados dos motoristas não nos respitam "Quebram regras" ? Só porque temos outro tipo de veiculo as regras não servem para nós?
ResponderExcluirGostei bastante da entrevista mas um ponto importante que deixou de ser mencionado é a construção de diversos bicicletários junto a estações de trens e metrô. Essas obras possibilitaram o uso da bicicleta não apenas como lazer mas como meio de transporte anexado a outros modais neste caso trem e ônibus. Certamente o Vado falou apenas do uso da bicicleta dentro dos trens e metros em horários definidos nos fins de semana, decisão esta que auxilia apenas o ciclista de lazer e não aquele que utiliza a magrela durante a semana inteira mas, no caso do bicicletario, diversos ciclistas vão pedalando ate a estação e lá estacionam em segurança a sua bicicleta e continuam o percurso em outro modal.
ResponderExcluirMuitas empresas já reservarm um espaço destinado a funcionário ciclistas como vestiários e bicicletários. Utilizar a bicicleta como meio de transporte é tão viável que além dessas iniciativas citadas, outros segmentos corporativos perceberam um novo nicho de mercado que é no caso os bikes boys (ciclistas entregadores) ou o exemplo da seguradora que criou os biker socorristas que ajudam a funcionar os veículos motorizados com pane.
Ciclofaixas de lazer e ciclovias em sua maioria é decisão política daqueles que nada entendem de bicicleta, no entanto sou completamente otimista em virtude da política publica pró transporte individual e a apologia publicitária á compra do automóvel que esta acarretando uma estagnação e colapso nas vias e neste cenário, nós ciclistas estaremos felizes com o vento no rosto em meio ao oceano motorizado que andam a 5km/h contra os nossos 20km/h.
A entrevista não teve a menção de ficar comparando os tipos de veículos mas de falar da bicicleta e do movimento ciclístico só que os comentários depreciaram a entrevista que no meu entender não foi tendenciosa e contextualizou perfeitamente a experiência de muitos ciclistas na cidade.
Um abraço
Edmilson Cupertino
muito bom o debate! (fora algumas dores de cotovelos) ciclista é um bicho estressado!!ahhahaha também sou ...CICLISTA!
ResponderExcluirMás é bom ver que ambos os lados, ambas as "panelas", desejam a mesma coisa! Paz no trânsito e segurança ao pedalar, seja por lazer, obrigação ou opção!
VADÃO, MUITO BOM, aprendi com você e outros grupos a maneira correta e civilizada de pedalar e TEEENTAR COM MUUUUUUUITA PASCIÊNCIA, compreender os erros dos motoristas e exigir os meus direitos na faixa! E sempre que posso, transmito estes ensinamentos a diante.
Caro André...
Gostei muito do ponto ressaltado, defendendo o ciclista e suas “cariocadas”...
(OPS’ preconceito, hihih perdão) digo barbeiragem, (eita, mais preconceito) inevitáveis em nossas ruas planejadas EXCLUSIVAMENTE para o automóvel. Eu mesmo as faço frequentemente, porém tomando medidas preventivas como redução de velocidade, luz frontal ou até descer da bike. Mentira quem dizer que nunca o fez! Mas sim, evito estas presepadas.
Depende de nossa consciência, educação, do momento e lugar!
E vamos todos deixar o não me toques de lado, ciclista-trabalhador é só força de expressão utilizada em nosso dia a dia.
E de certo a entrevista visa também aproximar o leitor com linguagem e jargões que facilitem a assimilação do assunto, mesmo que nem todos concordem por tratar-se de uma entrevista exigindo um pouco mais de cautela (fru-fru) ao referir-se a um grupo específico.
- NEGRO, BRANCO, AMARELO, NEGO, LEITE AZEDO, APAGADO, VIADO, GAY, VELHO, IDOSO – fala sério, falamos assim o dia inteiro. Mas hoje em dia qualquer um pode ser jornalista mesmo...heheheh brincadeirinha!! Não se ofendam.
O IMPORTANTE É, colocarmos na cabeça de nossos excelentíssimos representantes e de nossos amigos cidadãos que a bike é um veículo e que temos reduzir a cultura do consumismo - porque já virou cultura - da lista de prioridades de nossa civilização pois só somos completos se temos oque nos mandam comprar e como comprar.
(parece que realmente querem nos F..er) tenho em tese que publicitários, marketeiros e políticos são ETs. querendo destruir nossa civilização!!
DEVEMOS elucidar cada vez mais os benéficos físicos, ambientais, sociais que a bike pode trazer assim como seu lucro, afinal sabemos que tem bike que vale mais que o carro em nossas garagens e bicicletarias com estoque mais valioso que a adega vizinha!
TEMOS QUEIMA FILMES ENTRE NÓS...e a solução todos sabemos, assim como todos somos técnicos da seleção. Mas como realmente as aplicamos ou exigimos que sejam aplicadas? Eu tenho muitas idéias, nós temos muitas idéias, mas além de aplicá-las devemos exigir compromisso e planejamento das autoridades!
Desejo a todos ótimas pedaladas, proteção e sorte.
Diego Rene Mogrovejo
Educador Físico
Essa coisa de blog com moderação é um saco. A gente acaba escrevendo uns 3 comentários sendo que poderia escrever apenas um, caso conseguisse enxergar todos os comentários presos. Porque não liberam logo de uma vez e só excluam os que forem spans? Isso só prejudica o debate.
ResponderExcluirMais uma vez, não estou aqui questionando a entrevista do Vado e sim os grifos tendenciosos por parte da entrevistadora.
Já cometi esse erro de achar que algumas "categorias" de ciclistas queimavam nosso filme, mas hoje me dedico a estudar o movimento ciclistico e os ciclistas, aí vejo o absurdo que cometemos quando nós mesmos depreciamos essa categoria de ciclistas que faz parte da maioria.
Vejam esse vídeo que eu fiz para a palestra aos motoristas de ônibus de São Paulo, no vídeo mostrei o comportamento de alguns ciclistas e dá pra entender os motivos que os levam a cometer infrações de trânsito.
http://www.youtube.com/watch?v=zA9as97HsJ4 (parte 1)
http://www.youtube.com/watch?v=rZQpIbH2KDk (parte 2)
Desrespeito no trânsito por parte dos ciclistas não vem de apenas essa ou aquela categoria. No final de semana passado um amigo meu, também ciclista, mas que estava a pé relatou o seguinte fato:
Estava caminhando perto de casa hoje e ao atravessar a av. henrique schauman na faixa de pedestre (com o farol verde para o pedestre) vinham 3 pessoas de bicicleta (todos bem vestidos, aparentemente indo pro pq. ibirapuera). Os 3 furaram a faixa e fingiram que eu não estava ali, se eu não desviasse a mulher do grupo teria batido com a bicicleta em mim (o farol estava vermelho para eles, portanto assim que passaram a faixa eles pararam).
Eu falei em voz alta: "Faixa de pedestre, pra que?".
Um dos caras do grupo, um tanto mais velho, depois que eu tinha atravessado gritou pra mim: "É, no código a bicicleta é igual pedestre!" e ainda fez comentários sobre eu ser "sedentário".
Veja só, provavelmente essas são pessoas que só usam a bicicleta no final de semana, devem ser motoristas usuais e que desconhecem as leis de trânsito.
Que eu devo fazer? Condena-los da mesma maneira que os ciclistas trabalhadores foram condenados nessa matéria?
Sou de São Jose do Rio Preto, sou Bike-iniciante e estou confuso...Vamos lá:
ResponderExcluirO que vcs disseram até agora é que:
Capacete não proteje de nada?
Eu aprendi e todo mundo fala dos equipamentos de segurança. É pra usar ou não?
Que o ciclista, por tudo que já foi falado, pode andar contra mão para evitar ladeiras, desvios, encurtar caminho etc...É isto mesmo? A bicicleta tem regulamentação diferente?
E que o Ciclista que usa a bicicleta no dia a dia para o trabalho, que faz entregas etc, o chamado "ciclista trabalhador", é o mesmo ciclista de final de semana ou da noite? Tô confuso...
Luis, capacete protege sim e eu sou favorável a seu uso. Mas há correntes contrárias a sua utilização, geralmente com o argumento de que com o capacete o ciclista se arrisca mais ou de que a responsabilidade pelos acidentes é dos carros e não do ciclista. Na dúvida, use.
ResponderExcluirPoder andar pela contramão, pela lei, não pode. E também não recomendo, por uma série de razões que detalho aqui: http://blig.ig.com.br/freeride/2005/12/05/dicas-para-o-ciclista-urbano-3/
O que eu disse é que há situações em que se você não pegar uma quadra de contramão vai ter que dar uma volta dos infernos. Nesses casos, vale pegar a contramão, mas devagar e com MUITO cuidado. De preferência, vá para a calçada desmontado, principalmente se for uma via de tráfego rápido.
"O Ciclista que usa a bicicleta no dia a dia para o trabalho, que faz entregas etc, o chamado 'ciclista trabalhador', é o mesmo ciclista de final de semana ou da noite?" - pode ser, pode não ser, cada um faz seu uso da bicicleta como lhe convém... Eu uso a bicicleta para ir e voltar do trabalho, para praticar esporte, como forma de lazer, para ir ao restaurante, para pedalar de noite, de dia, de final de semana... Em que categoria me encaixo? Rotular não funciona.
"Temos todo o direito de fazermos o grifo, sim, uma vez que isso não altera o que foi dito pelo entrevistado."
ResponderExcluirPerdão... Mas, como designer gráfico, esta afirmação não poderia me parecer mais infeliz. Grifos ou ênfases [negrito, itálico e outros] direcionam o leitor a um determinado entendimento de contexto.
Se a ênfase não era originária da fala do entrevistado, é questionável sua posterior inclusão.
Sobre Capacetes e equipamento de segurança... Cá em Recife, pedalo - "seriamente" - há pouquíssimo tempo [3 meses]. Mas é possível perceber no comportamento (e no discurso) das pessoas que o "Respeito no trânsito" para com o ciclísta que veste [capacete, principalmente] toda a indumentária é maior do que para com o ciclista que não o faz.
Sad, But true... Mas este "argumento" já deveria ser mais que o suficiente para reforçar a idéia de que "é mais prudente" utilizar toda a indumentária...
Caparica, um inglês fez uma pesquisa, onde ele colocou um sensor que mede a distância que os motoristas passavam dele. Acredite, quando ele estava sem capacete, a distância que os motoristas passavam era maior que com capacete!
ResponderExcluirPorque será?
Vou dar uma simples suposição.
O comportamento em geral do motorista europeu (pelo menos dos países mais ricos) é de preservação da vida acima de qualquer coisa. Eles tomam o máximo de cuidado com a vida alheia e procuram respeitar a lei porque eles acham certo e não por medo de punição, como infelizmente ocorre no Brasil. Isso é um sentimento relatado por inúmeros brasileiros que vivem ou já tiveram estadias longas no exterior.
Portanto quando um motorista europeu vê um, ciclista sem capacete, instintivamente ele acha que o cara está mais desprotegido e passa a ter mais cuidado com o cara. Agora quando ele avista um ciclista todo equipado, esse ciclista deve passar uma certa segurança ao motorista, fazendo com que ele não tenha tanto cuidado com ele.
Aqui no Brasil, infelizmente impera no trânsito uma lógica de que "se o cara tá errado, temos o direito até de matá-lo" ou um "Dane-se, ele tá errado mesmo". Mas muitas vezes essa sensação de errado vem pelo desconhecimento das leis, da mesma maneira que tem muito motorista que acha que o ciclista só pode andar na calçada. Se esse cara vê um ciclista pedalando na rua, sente no direito de "tirar uma fina" do coitado.
Portanto quando esse motorista vê um ciclista sem luz, capacete ou não paramentado, ele pode achar que o ciclista está errado e se sentir no direito de "apavora-lo". Não passa de uma suposição, mas com base na minha experiência nos estudos comportamentais que realizo.
Agora sobre a eficácia do capacete. Eu já sofri algumas quedas onde o capacete praticamente me "salvou". Nas duas quedas uma foi derrubado por uma moto e outra por um carro. Obviamente eles não respeitaram as leis de trânsito que protegem o ciclista até quando ele tá errado (basta consultar o CTB). Portanto, numa cidade selvagem como São Paulo, o capacete é item obrigatório. Numa trilha, ou mesmo num pedal na estrada, o capacete é obrigatório, pois ele pode te proteger de uma queda.
(Cont...)
(cont...)
ResponderExcluirAgora numa cidade tranquila como Ubatuba por exemplo. Passei uns dias lá e fiquei até com vergonha de usar capacete, pois NINGUÉM usava.
Conversei com os técnicos de lá e me disseram que acidentes envolvendo ciclistas, só ocorriam em finais de semana, quando a cidade é invadida por motoristas de outras cidades e raramente um motorista da cidade se envolvia num acidente com ciclistas.
Veja os vídeos de Tokio, Amsterdã, Alemanha, verá que são raros os ciclistas com capacete. Aliás o capacete vem um pouco da cultura americana, pois lá os motoristas são reis da rua também e tem índices altíssimos de atropelamentos de ciclistas.
Tanto é que lá é comum ver ciclistas com uma placa escrito isso, mas em inglês "Uso Capacete para você dirigir como idiota".
Não estou falando pra todo mundo abrir mão do capacete, eu mesmo uso sempre que possível, já que sou um ciclista que costumo pedalar longas distâncias, mesmo na cidade e ando num ritmo forte, só acho um pouco de hipocresia essa defesa incondicional do capacete, tem ciclistas que defendem até a obrigatoriedade, algo que não concordo. O Brasil é imenso e nem em todas as cidades o trânsito é selvagem como aqui. Além do mais, a maioria dos ciclistas são de baixa renda e mal tem dinheiro para comprar uma bike decente, quanto mais um bom capacete.
Outra curiosidade, em Ubatuba, uma cidade com 69 mil habitantes e uma frota de 80 mil bicicletas, resolveram obrigar os ciclistas a usarem capacete, quem não tivesse teria a bike apreendida. Sabe o que aconteceu? Apreenderam tantas bikes que nem tinham mais onde guardar e diminuiu o número de ciclistas na cidade. Obviamente abortaram a regra e voltaram a liberar como antigamente e a vida continuou. Quando cheguei lá numa viagem vim um congestionamento na ciclovia, vários senhores e senhoras, mulheres de vestidos e alguns de terno, bem arrumados, indo para a igreja, todos num ritmo bem tranquilo, numa média que não devia passar de 10 km/h, imagina você obrigando todo esse povo a usar capacete? Garanto que metade abandonaria a bike e iria de carro ou de ônibus.
A discussão vai longe...
Abraços
André Pasqualini
Caro Willian Cruz,
ResponderExcluirSobre a polêmica criada pelo termo "ciclista-trabalhador", questionamos você e outros comentaristas: como vocês preferem que sejam chamados os tais ciclistas? "Ciclista-carregador", "ciclista-entregador", "ciclista-cargueiro" ou o quê? Como identificar essa "categoria" de ciclistas que, na verdade, em muitos casos, só usa a bike porque o trabalho obriga, e não por opção?
Reafirmamos que não há qualquer preconceito nosso em relação a esses ciclistas, nem qualquer generalisação. Fizemos apenas uma pergunta. Porém, moramos no centro e vemos diariamente abusos de todo tipo cometidos por essas pessoas. Por que os erros deles deveriam ser esquecidos?
Quanto à questão do respeito ou não à mão de direção, achamos ótimas suas observações. Realmente não se pode comparar a facilidade de um acesso para os motoristas se para os ciclistas é bem diferente - aí mais se tiver carregando botijão de gás!. Taí um bom questionamento: e o que você e seus colegas ciclistas sugerem para facilitar a circulação? Ciclovias por toda cidade não teremos tão cedo, mas certamente vocês pensam em outras alternativas. Fiquem à vontade para compartilhá-las aqui.
Também agradecemos seus esclarecimentos ao ciclista Luis Antonio de Castro. Para responder às dúvidas deles, nós realmente iríamos pedir a ajuda de vocês. Nós não somos ciclistas e por isso os comentários e todo esse debate são tão importantes para nós. Assim, também descobrimos outros pontos de vida, já que não somos ciclistas.
Caro André Pasqualini,
ResponderExcluirA moderação de comentários é necessária porque, infelizmente, além de spam, recebemos outros conteúdos impróprios. A moderação existe para respeitar o próprio leitor. Normalmente, os comentários são liberados pouco depois da postagem. Isso não atrapalha o debate porque, no caso da entrevista com o Vado, tudo, tudo foi liberado. E veja que belo debate!
Para você, vale o mesmo questionamento que fizemos acima: como vocês preferem que sejam chamados os tais ciclistas? "Ciclista-carregador", "ciclista-entregador", "ciclista-cargueiro" ou o quê? Como identificar essa "categoria" de ciclistas que, na verdade, em muitos casos, só usa a bike porque o trabalho obriga, e não por opção?
Nosso termo não tem nada a ver com preconceito ou depreciação. É um meio para o leitor identifique claramente o ciclista ao qual nos referismos - um tipo específico, e bem diferente daqueles que pedalam à noite, nos fins de semana, ou em cicloviagens. Em nenhum momento o "ciclista trabalhador" foi "condenado". Apenas alertamos para os erros cometidos por esses ciclistas. E por que não deveríamos apontar esses erros?
Caro Caparica
ResponderExcluirDesculpe-nos, mas temos, sim, o direito de usarmos o grifo nas entrevistas. Isso não muda, de forma alguma, a declaração do entrevistado. É um recurso do jornalismo que não desrespeita nem o entrevistado, nem o leitor. E mais: o grifo tem aprovação do entrevistado.
Que mal há em destacarmos os "os benefícios da boa convivência entre ciclistas, pedestres e motoristas", como afirmou o Vado? Acreditamos que alguns leitores estão caçando "pêlo em ovo" nesses grifos. Releiam o conteúdo!
Agradecemos por nos informar a situação aí em Recife, e por reforçar a importância do uso do capacete - por segurança, ou para conquistar mais atenção dos motoristas.
uma solução viável para São Paulo e sem custos elevados!!!
ResponderExcluirfaixa da direita preferencial para ciclistas com gravuras que indiquem isso assim como fizeram nas "novas ciclovias".
lógico, isso ja foi feito, isso ja existe em outras cidades a tempos, mas seria uma solução financeiramente viável para a cidade.
Ja que é impossível reformar o sistema viário a curto prazo, a faixa da direita...
(DOS CARROS, nunca devemos entrar na faixa dos onibus)...devia ser de uso comum de automóveis e bicicletas, porém com forte apoio da legislação e CET e respeito dos/com os ciclistas.
estas faixas poderiam ser sinalizadas com sonorizadores e pequenos olhos de gatos ou qualquer coisa que faça os motoristas reduzirem a velocidade ao entrar na faixa.(mudança de faixa não no decorrer da faixa)
isto certamente poderia e deveria ser aplicado nas vias mais críticas da cidade.
Devemos lembrar que tambem não podemos fazer distinção dos autómóveis e bicicletas no sistema viário ( só bike e bla, bla, bla - só carro nhé, nhé, nhé) a convivência é inevitável e "cabo"!
será necessária a convivência e compartilhamente do mesmo espaço, acredito que essa ideia promoveria essa relação entre bicicleta e automóvel a conviverem na mesma faixa e contribuiria para desenvolvimento do respeito mútuo.
OQUE VOCÊS ACHAM DESTA IDEIA? estou disposto a lutar por ela... bicicletada e os "car.....blabla bla"
por favor comentem, melhorem ou dêm outras ideias
abraços
Diego Rene
Educador Físico