30 de nov. de 2009

SOBRE MOSQUITOS, VENENOS PARA MOSQUITOS E INSTITUIÇÕES QUE CONTROLAM A PRAGA DOS MOSQUITOS

Reflexões urbanas

Por Osmar Castanha

Osmar Castanha, músico e blogueiro do Borrador de IdéiasFranz Kafka ficaria boquiaberto com o tamanho dos mosquitos que nos cercam, nos bulinam e nos enchem de picadas - realmente, vem ocorrendo uma verdadeira  'metamorfose' nesses pequenos seres que conseguem nos propiciar uma noite plena de grandes pesadelos!!!

Moro numa localidade próxima à Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo, que já se chamou Várzea de Baixo, Jardim Santo Antônio e, atualmente, é a Vila Cruzeiro. Pela proximidade com o rio Pinheiros, sempre houve a visita indesejável desses insetos por aqui, mas, ultimamente, a infestação ultrapassou os níveis da normalidade!

Verdadeiras levas invadem meu lar diáriamente (uma quantidade simplesmente absurda deles!) e venho percebendo que o tamanho desses monstrinhos está aumentando significativamente com o passar do tempo... provávelmente, uma mutação genética. Mas o pior de tudo é o fato desses venenos (não importa a marca!) não surtirem mais o efeito desejado que surtiam há tempos atrás!

Já estou acostumado com a presença desses pequenos inimigos desde os vinte e sete anos que aqui moro, e não há exagero algum de minha parte ao afirmar que, de alguns anos para cá, uns 15 mais ou menos, costumo utilizar os tais refís ligados na tomada elétrica por 365 dias ao ano - juro! Mas isso é uma coisa com a qual já me acostumei, fazer o quê!? Mas...

Dificil mesmo é acostumar-se com a resistência que esses mosquitos vêm apresentando para com os "mata-mosquitos", inseticidas que deixam muito a desejar quanto sua capacidade de ação; não importa a marca, o que acontece é sempre a mesma coisa: sou obrigado a utilizar dois desses frascos, cada um deles ligados a uma tomada em meu quarto de 12 m² - antes eu usava apenas um! E pode parecer exagero de minha parte, mas não é rara a madrugada em que me levanto para lançar um pouco de aerosol (e tomem mais veneno!!!) ao redor de minha cama, pois as investidas cruéis e violentas dos "vampiros da noite" acabam por se tornar insuportáveis!

Escrevo estas linhas para tentar eliminar três dúvidas que últimamente eclodem em minha mente:

1) Será que as instituições públicas desconhecem o que vem acontecendo? Será que a população não reclama o suficiente para que isso chegue aos ouvidos de quem realmente tem de tratar desse problema com desempenho e responsabilidade?

2) Como é que fica minha saúde em virtude de passar todas as noites em contato com o veneno que emana desses aparelhos? O que isso representa para com meu aparelho respiratório e, consequentemente, para com o todo de meu ser físico?

3) Que respostas as empresas responsáveis pela fabricação desses produtos darão para os problemas que estou apontando?

Espero que em breve eu consiga obter tais respostas - cada uma delas oriunda da esfera de responsabilidade e ação correspondentes - e isso não será uma gentileza, não, mas  uma  obrigação para com um cidadão e, também, um consumidor que sou (os demais cidadãos e consumidores também ficarão agradecidos com isso).

Uma vez mais, agradeço ao SPUrgente por mais esta oportunidade de tornar públicas as minhas palavras.

*Osmar Castanha é músico, blogueiro do Borrador de Idéias e colaborador dos sites www.agrutadosol.com.br e www.carmotavares.blogspot.com

Leia também:
A AVENTURA DE ANDAR DE ÔNIBUS NA MINHA QUERIDA SÃO PAULO, de Osmar Castanha
GEISY, O VESTIDO CURTO E A HIPOCRISIA BRASILEIRA, de Flaviana Serafim
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