SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos
Para que servem as ouvidorias do serviço público? Pra cansar o cidadão até que ele desista de reclamar?
101 dias. Mais de três meses. Todo esse tempo se passou, sem que eu tivesse resposta sobre a “caixinha” cobrada por um grupo de funcionários públicos durante a campanha de vacinação contra raiva (leia A VACINA CONTRA RAIVA, O FUNCIONÁRIO PÚBLICO E O “CAFEZINHO”).
Nem a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, nem a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), sem a ouvidoria da própria Prefeitura se manifestaram, não deram uma resposta definitiva sobre o caso. Será que meu gato preto, Salomão, é que está dando azar?
No dia 17 de agosto, minha queixa relatando a cobrança da “caixinha” foi encaminhada para o “fale conosco” da COVISA, para a ouvidoria da Prefeitura e para o gabinete do prefeito Gilberto Kassab.
Também mandei e-mail para a Rádio CBN e, graças a leitura da mensagem pela apresentadora Fabíola Cidral, descobri que o pedido desse “cafezinho”, como afirmaram vários ouvintes, aconteceu em toda a cidade e não só no Largo do Arouche.
Continuo esperando, sentada para não cansar. Esse post seguirá novamente para o ouvidor da Saúde, Mario Sergio Mendes Cardoso, para a ouvidoria da Prefeitura e para a Rádio CBN também.
Acompanhem minha saga nesses 101 dias
17/08: envio de e-mail para ouvidoria da Prefeitura e da COVISA, e para o gabinete do prefeito Gilberto Kassab.
18/08: entrega da reclamação por carta, pessoalmente, na ouvidoria da Saúde. No mesmo dia, recebi retorno do “fale conosco” da COVISA informando que eu só poderia reclamar por telefone – o que não era verdade.
19/08: Ouvidor da Saúde, Mario Sergio Mendes Cardoso, enviou a queixa para a coordenadora da COVISA “(…) salientando que a resposta das medidas adotadas deverá ser encaminhada diretamente ao munícipe, com cópia (através de E-mail), a esta Ouvidoria da Saúde no menor prazo possível”
20/09: a Assessoria de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura encaminhou e-mail pedindo meu endereço completo para que a resposta pudesse ser encaminhada via correio. Envieu meus dados completos no mesmo dia.
Por volta do dia 27/09, recebi carta da Secretaria de Governo Municipal, com data de 21/09, informando que “por orientação do Senhor Prefeito, sua solicitação foi encaminhada à SMS – Secretaria Municipal de Saúde” e que “logo que esse órgão informar as providências tomadas, a senhora será prontamente comunicada”.
A carta termina com uma frase tragicômica: “A Prefeitura acredita que a colaboração de todos ajuda a administrar cada vez melhor a nossa Cidade”.
10/09: envio de e-mail à ouvidoria da Saúde com minha 1ª cobrança de resposta
16/09: novo e-mail do ouvidor da Saúde para a coordenadora da COVISA - “Tendo em vista o tempo decorrido e ainda não foram tomadas as devidas providências quanto ao ocorrido, solicitamos manifestação o mais breve possível…”
No mesmo dia, recebi e-mail do ouvidor da Saúde informando que uma cópia da mensagem foi enviada “ao Setor competente da Saúde, para que providências sejam tomadas”.
17/09: retornei ao ouvidor Mario Sergio Mendes Cardoso, afirmando que eu continuava aguardando uma resposta definitiva.
02/10: encaminhei mensagem ao jornalista Milton Jung, do CBN São Paulo (Rádio CBN), com cópia para o ouvidor da Saúde, relatando a demora no envio de uma resposta definitiva por parte da COVISA. O Milton Jung me deu retorno. A ouvidoria nunca mais se manifestou.
Leia também:
A VACINA CONTRA RAIVA, O FUNCIONÁRIO PÚBLICO E O “CAFEZINHO”
“CAFEZINHO” DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR TODA CIDADE – VALE ATÉ “CAIXINHA PRÉ-DATADA”
E TOME “CAFEZINHO”: OUVIDORIA DA SAÚDE FAZ 1º CONTATO
COBRANÇA DE “CAIXINHA” NA COVISA: NENHUMA RESPOSTA DA OUVIDORIA DA SAÚDE
143 ANOS DEPOIS, “O CREDOR DA FAZENDA NACIONAL” CONTINUA ATUAL
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