18 de mar. de 2009

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17 de mar. de 2009

SOB CHUVA E SOL, A VIDA DE QUEM ESTÁ EM SP

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

ESTADÃO ON LINE – Fotos de José Patrício/AE

Terminal Bandeira

Terminal Bandeira, principal acesso entre o centro e a zona sul paulistana

Terminal Bandeira

SP EMBAIXO D´ÁGUA

SOS SÃO PAULO – A cidade em nossas mãos

ESTADÃO ON LINE – Fotos de José Patrício/AE (clique na imagem para ampliar)

Av. Ricardo Jafet (Ipiranga) Av. Ricardo Jafet (Ipiranga)

Av. Luiz Inácio de Anhaia Melo (Vila Prudente) Início da Av. Luiz Inácio de Anhaia Melo (Vila Prudente)

18H55 - 201 KM DE CONGESTIONAMENTO EM SP

“Trânsito recorde hoje na cidade!”

A frase é batida e o ponto de exclamação também, mas chove há horas, há 60 pontos de alagamentos em todas as regiões. Perto daqui, na avenida Amaral Gurgel (centro) o buzinaço começou às quatro e meia da tarde e parece que não vai parar nunca mais.

Ambulância, então, nem se fala…ouvímos várias. O metrô com a velocidade reduzida; falta luz na região dos dos Jardins; a linha Turquesa da CPTM (Luz-Rio Grande da Serra) tá parada entre Luz e São Caetano; o túnel sob Vale do Anhangabaú alagou e está interditado. 

Pra quem gosta de números, é meio pessismista ou só curiosos, saiba que o recorde anterior foi de 188 km, às 19h00 do dia… 6 de março!!! Semana passada!!!

O buzinaço parecia diminuir, mas que nada… A buzina é o grito do paulistano. Enquanto lá dentro do seu carro, o motorista “desestressa”, aqui fora nós é enlouquecemos.

3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA: RESPOSTA (INSATISFATÓRIA) DA REDE ATLANTICA HOTELS

No post3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA 3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA RUA denunciamos a postura (ou falta de…) dos seguranças do Comfort Hotel da rua Araújo (República – centro).

Na maior covardia, um deles segurava um menino de rua pela roupa e outros dois cercavam o menor, como flagramos na foto ao lado. A troco? Não se sabe.

Enviamos e-mail para o SAC da rede Atlantica Hotels International na semana passada e recebemos a seguinte resposta em 16.03:

Bom dia!
Recebemos a sua reclamação e agradecemos por ter disponibilizado parte do seu tempo para nos escrever, pois o relato de sua experiência no Comfort Hotel Downtown  nos ajudará a atingir a excelência na prestação de s erviços da rede Atlantica Hotels.
Lamentamos que sua experiência não tenha sido satisfatória e informamos que
a encaminhamos para o Gerente Geral da unidade para que este  verifique o ocorrido e nos posicione.
Estamos a sua disposição.
Atenciosamente,

Serviço de Atendimento ao Cliente
Atlantica Hotels International
”.

A rede cumpriu sua promessa de responder em até 48 horas, mas nos enviou uma resposta que parece automática, e em momento algum esclarece quais providências serão tomadas contra essa postura covarde e absolutamente inadequada dos seguranças (que certamente recebem orientações de um superior, não estão ali sem uma coordenação).

Como não ficamos satisfeitos, enviamos novo e-mail a Atlantica Hotels International, com a seguinte mensagem:

Desculpem, mas a resposta de vocês não responde nada, parece texto pronto, resposta automática.
Afinal, que providências serão tomadas? É isso que eu gostaria de saber.
Não adianta responder em 48 horas e enviar essse "esclarecimento
".

Novamente, aguardamos…daqui 2 dias veremos o que a rede de hotéis finalmente poderá esclarecer.

16 de mar. de 2009

SABESP RETIRA “POSTES TRAMBOLHOS” DA ZONA LESTE

image

O internauta Samuel Oliveira fez sua parte – reclamou, enviou e-mails, mobilizou-se contra a instalação de postes de telemetria pela Sabesp na rua Major Boaventura (Pq. Arthur Alvim) e seu trabalho não foi em vão!

Como publicamos na nota SABESP INSTALA “POSTES TRAMBOLHOS” NA ZONA LESTE (19.02), os postes foram ins talados “na calada da noite” próximos aos muros das residências, colocando as casas em risco (um “pau de sebo” para “gatunos”, como descreveu o próprio leitor).

E Samuel coPostes da Sabespnseguiu! A Sabesp retirou os postes e, tomara, planejarPostes da Sabespá melhor esse tipo de serviço no futuro. Vale a pena reclamar. O envio de um simples e-mail, com paciência e persistência, pode, sim, ajudar e melhor nossa cidade. Abaixo, o e-mail que recebemos do internauta Samuel.

Ao leitor, nosso agradecimento pela colaboração com nosso blog e parabéns pela iniciativa.

“Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

Boa tarde!

Finalmente o poste foi ao chão, mesmo tendo de ouvir do engenheiro da Sabesp que a calçada é um bem público.

Muito OBRIGADO ! Pelo empenho e dedicação , pois cada dia mais me convenço SÃO PAULO È DE TODOS NÓS ,NORTE, SUL, LESTE E OESTE.

Samuel Oliveira

15 de mar. de 2009

SÃO PAULO E SUAS CANÇÕES

Finalmente estréiam neste blog os posts “São Paulo e suas canções”!!! Para abrir a nova seção, Adoniran Barbosa cantando Iracema.

Nos tempos de Adoniran, o caótico trânsito paulistano já produzia catástrofes. Como a da pobre Iracema.

Descuidada, ela não ouviu os conselhos de seu amado, atravessou a avenida São João sem olhar para o lado e…morreu 20 dias antes do casamento. Ao noivo, não restou sequer um retrato, só meias e sapatos…

Pra quem estiver empolgado e quiser cantar junto, lá vai a letra:

Iracema, eu nunca mais eu te vi
Iracema meu grande amor foi embora
Chorei, eu chorei de dor porque
Iracema, meu grande amor foi você
Iracema, eu sempre dizia
Cuidado ao travessar essas ruas
Eu falava, mas você não me escutava não
Iracema você travessou contra mão
E hoje ela vive lá no céu
E ela vive bem juntinho de nosso Senhor
De lembranças guardo somente suas meias e seus sapatos
Iracema, eu perdi o seu retrato.
- Iracema, fartavam vinte dias pra o nosso casamento
Que nóis ia se casar
Você atravessou a São João
Veio um carro, te pega e te pincha no chão
Você foi para Assistência, Iracema
O chofer não teve curpa, Iracema
Paciência, Iracema, paciência
E hoje ela vive lá no céu
E ela vive bem juntinho de nosso Senhor
De lembranças guardo somente suas meias e seus sapatos
Iracema, eu perdi o seu retrato

13 de mar. de 2009

BANHO PÚBLICO NA PRAÇA DA REPÚBLICA

Clique para ampliar
SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

A última "novidade” da Praça da República é a prática de banhos públicos…

…mesmo nas águas sujas de um dos lagos da praça. Esse grupo estava lá por volta das 15h00, na quinta-feira (12.03).

Com direito a sabonete e até mergulho, este banho público reuniu pelo menos três homens e uma mulher dentro d’água, e, fora, um bocado de cClique para ampliaruriosos que cruzavam a Praça da República no meio da tarde.

Vejam no detalhe da foto ao lado - o pé de um dos “banhistas” mergulhando de cabeça, literalmente (clique na imagem para ampliar).

Quem passava, comentava:  “Também, num calor desses aqui em São Paulo, né? Deixa eles tomarem banho em paz”…“Um absurdo, que nojento! Essa gente não pode ficar aí, destruindo tudo!”…”É, desrespeito, né? A praça já não tá boa, a gente paga imposto pra ter cuidado e olha aí…”…”DClique para ampliarevem ser todos crackeiros mesmo, todo mundo doidão tirando onda”.

Ninguém que passava falou um palavra sequer sobre as causas dessa situação degradante. Alguém, em sã consciência, acha realmente divertido se expor a tanto? Que será que se passa na vida de um cidadão que toma seu banho aí, mergulhando na água imunda em praça pública? Quem desrespeita o quê?

 Veja outras imagens no FLICKR

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

NOSSO BLOG AGUARDA…

…respostPraça da República - centroa da Prefeitura Municipal de São Paulo sobre os problemas na Praça da República. Na quarta-feira (11.03), enviamos o 4º e-mail, ligamos para assessoria de comunicação da Subprefeituras da Sé, e prometeram  resposta até o final desta semana…

Leia PRAÇA DA REPÚBLICA DE VOLTA AO ABANDONO





…quant
Parque da Aclimaçãoo aos ambulantes no Parque da Aclimação e as queixas sobre a ronda da Guarda  Civil Metropolitana (com todos os guardas dentros dos carros, no lugar de circulando pelo parque), está bem difícil fazer contato com a GCM. A mensagem já voltou, conferimos o e-mail e nada. Hoje, tentaremos descobrir outro e-mail e lá vai nova mensagem…

Leia
AMBULANTES SE MULTIPLICAM NA ACLIMAÇÃO



…a assessoria de comunicação da Votorantim recebeu uma série de perguntas do nosso blog (em 17.02) sobre a restauração de obras artísticas na cidade (projeto Trinta Imagens), e as condições de uma escultura do Victor Brecheret, no Largo do Aro uche. Em contato recente por telefone, confirmaram que as respostas serão enviadas, mas esperam aprovação. Aguardamos…

Leia ESCULTURA RESTAURADA, MAS JOGADA NO NADA

12 de mar. de 2009

RESPOSTA DA FBI DEMOLIDORA

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

Enviamosdemolicaowebnews e-mail para a FBI Demolidora no dia 11 de março, por conta da total insegurança de operários que trabalhavam num imóvel da rua Rego Freitas, como divulgamos no post FALTA SEGURANÇA NAS OBRAS PAULISTANAS.

No domingo (08.03), flagramos os funcionários da demolição a cerca de 5 metros de altura, sem equipamentos adequados e se equilibrando no que restava do telhado.

Em 12 de março, recebemos a seguinte resposta da FBI Demolidora:

“Bom dia,

Estamos tomando as devidas providencias para que isso não aconteça. Fico grata por seu e-mail nos demolicaowebnews2alertando quanto a isso.

Sem mais

Atenciosamente,

FBI Demolidora”.


Agradecemos a resposta da FBI e estamos de olho em outras obras da cidade. Se você, internauta, tem uma denúncia, queixa ou reclamação como essa, envie sua mensagem para nós no saopaulourgente@gmail.com

11 de mar. de 2009

3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA

“Um menino de rua, negro, menor de idade é segurado pelo casContate o Cidade Celularaco por segurança do Comfort Hotel na rua Araújo, perto da Praça da República (centro).

Ao redor, outros dois seguranças tent3 seguranças x 1 meninoa de ruaavam ser discretos, mas não deu pra disfarçar que esperavam por algo ou alguém. Quem ou o que seria não se sabe.  

Também não sabe o que fez o garoto. Talvez tenha furtado algumas moedas, talvez não tenha feito nada, absolutamente nada. O menino, que mal parecia em condições de sustentar as próprias pernas, estava completamente indefeso. 

Seja lá o que o menino tenha ‘aprontado’, certamente não são seguranças privados de um grande hotel paulistano os responsáveis pelo caso.

A cena foi registrada na manhã de 11.03  - dá dor de estômago, ataca o fígado, entristece e estressa logo cedo".

Mensagem e fotos de anônimo r3 seguranças x 1 meninoa de ruaecebida (e apurada) pelo São Paulo Urgente.

Em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente da Atlântica Hotels, rede responsável pelo Comfort Hotel (por telefone e e-mail), prometeram resposta em 48 horas. Veremos. Daqui a dois dias, a “explicação” estará neste blog.



Use seu telefone móvel ou máquina fotográfica; registre imagens, vídeos ou mensagem e envie para o Cidade Celular - flagrantes da cidade, queixas, problemas, sugestões, eventos, pessoas. Mobilize-se! Participe enviando seu e-mail para saopaulourgente@gmail.com

10 de mar. de 2009

SILÊNCIOS

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Por Nei Schimada

I
Não há nada mais ausente nessa cidade que o silêncio.
Quando não passa nenhum carro na rua, é a televisão do vizinho que grita um gol ou a goteira da pia do banheiro que nunca conserto. Gota, gota, gota, gota. Pode ser também o vento que faz sua curva nas quinas dos prédios, rodopiando e voando num balé convidativo e uivante, balançando as roupas de baile e de domingo.

Tem a chaNei Schimadaleira com apito de um enigmático vizinho do prédio que ainda não descobri onde é o seu apartamento. O apito dura pouco, o suficiente para que a pessoa caminhe da sala até a cozinha, desligue o fogo e despeje a água fervendo sobre a xícara, pode ser sobre um chá. Nesses dias penso sentir um ligeiro aroma de camomila, o que é apenas minha imaginação, um falsete de um desejo tolhido, conjecturas, ilusão. Nos dias de céu cinza é o ritmo caótico das gotas de chuva dedilhando o toldo de zinco da garagem do sobrado em frente.

O silêncio foge desta cidade e das nossas vidas mesmo nas madrugadas mais frias e recrudescidas do inverno. Nas horas da manhã, um pouco antes do céu ficar naquele tom lilás, no ponto mais agudo do orvalho das vésperas, quando acredito que todos os sons da cidade se esconderam num longínquo sussurro, ouço o primeiro comboio que atravessa os trilhos em direção à Estação da Luz, secretamente, quase impossivelmente suave e sutil nas suas toneladas homéricas e, lenta e gradualmente - nessa hora é preciso fechar os olhos para realmente vê-lo - ir parando na plataforma escura sob o inusitado e fresco odor dos hálitos recheados de café.

II
Há um vulto na janela do sexto andar do prédio em frente. Parece um homem e acendeu um cigarro. A televisão brilha atrás dele numa luz tremida projetada na cortina. Milhões de pessoas nesta cidade e só tenho a ele como contato para um exterior mudo, e como ele não sabe que estou aqui, também cego.

Muito mais que meus cinco sentidos, o que me intermedia à realidade é uma janela no sexto andar cujo personagem ignora meu pedido de atenção. Um grito parado na garganta. Se eu pudesse vender todos os gritos que não dei, estaria milionário e não aqui, sentado no chão da sala vazia olhando para cima vendo a felicidade escapar das minhas mãos e, definitivamente, dos meus olhos.

Não sei o que farei quando ele apagar o cigarro, se cansar do movimento da rua e entrar, fechar a cortina para o meu incógnito e invisível espetáculo. Não sei o que farei quando amanhecer. Não sei o que fazer se chover. Ou se todos realmente desaparecerem.

E se ele ficar ali para sempre, devo ficar e perpetuar-me como um incoveniente e silencioso convidado de suas fáceis ações de fumar e olhar a vida alheia de uma janela do sexto andar?
A minha vida lhe é alheia. A dele não, me pertence nesse instante onde acho que nossos olhares se encontraram no escuro.

Eu sou o sexto andar. Ele é o meu reflexo num espelho surrealista. Nós somos uma única massa de solidão e destinos cruzados por minutos numa madrugada de verão. Eu sou todos os solitários em todas janelas de todos sexto andares do mundo.

Nei Schimada, 43, punk, poeta e dekassegui, escreve de Hamamatsu shi - Japão. É blogueiro da Estrovenga dos Corsários Efêmeros

9 de mar. de 2009

FALTA SEGURANÇA NAS OBRAS PAULISTANAS

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

Sem qualquer segurança, operário se equilibra a cinco de metros
de altura para demolir imóvel no centro

Demolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliarDemolição de imóvel na rua Rêgo Freitas (centro), realizada pela empresa FBI sem qualquer segurança. Foto: Gladstone Barreto. Clique para ampliar  

Nos fins de semana, quando o comércio está fechado na capital paulista, é comum observarmos obras para todo canto, desde simples pinturas de fachada até a demolição de imóveis, como é o caso deste na rua Rêgo Freitas, próximo ao cruzamento com rua Santa Isabel (Vila Buarque – centro).

Também não é novidade a enorme falta de segurança e os riscos que correm os operários desses serviços. Na construção de grandes prédios, a organização e fiscalização são maiores (e ainda assim os acidentes acontecem). Porém, nesses trabalhos “menores”…fica a Deus dará mesmo. Quem vai olhar uma coisa dessas em pleno domingão, não é verdade?

No último domingo (08.03), vimos dois homens no alto de um imóvel de dois andares, de marreta em punho, sem capacete, cintos ou qualquer outro tipo de equipamento de proteção individual – o famoso e pouco utilizado EPI.

Do alto (entre 5 e 6 metros) na “mão grande”, com se diz no nordeste, eles quebravam o imóvel e se equilibravam nas vigas do que restava do telhado.

Como se não bastasse o risco de duas pessoas despencarem imóvel abaixo, no solo, o isolamento está completamente precário, mal sinalizado e fora das normas de segurança que determinam um espaço para passagem de pedestres.

Algumas pessoas atravessaram pelo outro lado da rua e outras se arriscavam duplamente: de um lado, os carros da Rêgo Freitas; do outro, pedaços do imóvel caindo (vejam a poeira nas imagens).

Vamos procurar a empresa responsável, uma tal FBI, e ver se eles se manifestam. Mas é impossível não fazer uma perguntinha básica: quem fiscaliza isso? Será alguém da Delegacia Regional do Trabalho, sindicato da categoria? Seja lá quem for o responsável – vamos descobrir - faz tempo que algum deles não circula por São Paulo.

Observamos casos semelhantes com frequência, mas este foi o primeiro que tivemos oportunidade de fotografar. O que será que a demolidora FBI vai explicar? Aguardem…

Vejam outras imagens no FLICKR

Leia também:
RESPOSTA DA FBI DEMOLIDORA

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

8 de mar. de 2009

PROTESTO REÚNE 400 CONTRA A FOLHA DE S.PAULO

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos
Ato Abaixo a ditabranda

Em polêmico editorial, Folha de S.Paulo afirmou que os 21 anos de ditadura brasileira foram “ditabranda”

O ato “Abaixo a ditabranda”,  reniu cerca de 400 pessoas na manhã de sábado (07.03) em frente a sede do jornal Folha de S.Paulo, na rua Barão de Limeira (Campos Elísios, região central paulistana).

O protesto foi contra a palavrinha “ditabranda”, publicada no editorial “Limites à Chavez”, em 17 de fevereiro. A iniciativa foi organizada pela ONG Movimento dos Sem Mídia, de Eduardo Guimarães.

O editorial fazia uma crítica ao resultado do referendo realizado recentemente na Venezuela, que permitirá, indefinidamente, a reeleição para presidente no país. O referendo foi aprovado por livre e espontânea vontade dos venezuelanos.

A questão é que o período de ditadura militar vivido pelos brasileiros entre 1964 e 1985 – 21 anos ao todo – foi classificado pela Folha de S.Paulo entre "as “ditabrandas’ (de) países que partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça(…)”.

Jornalistas, professores, a dvogados, entidades de defesa dos direitos humanos, ex-presos políticos e vários outros leitores ficaram indignados com a tal “ditabranda” publicada pela Folha. Deve ter chovido e-mails xingando a famílias Fria, dona da Folha, e também o infeliz editorialista.

O primeiro leitor a ter sua carta publicada foi Sérgio PinheiroEduardo Guimarães, do Movimento dos Sem Mídia Lopes, que simplesmente questionou “quantos mortos, desaparecidos e expatriados são necessários para uma ‘ditabranda’ ser chamada de ditadura?”.

E aí, acreditem, em sua resposta a Pinheio Lopes, publicada no Painel do Leitor, a Folha de S.Paulo afirmou sem pestanejar que “na comparação com outros regimes instalados na região no período, a ditadura brasileira apresentou níveis baixos de violência política e institucional”.

Para Folha, indignação de leitores foi “cínica e mentirosa”

Depois, ao publicar manifestações de repúdio dos professores da Universidade de São Paulo,  Fabio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides, o jornal publicou a seguinte nota da redação:

“a Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações (...) Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras  de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua ‘indignação’ é obviamente cínica e mentirosa”

A rua Barão de Limeira deveria ter recebido umas 10 mil pessoas no ato “Abaixo da ditadura”, no mínimo.

300 ou 400 pessoas em frente à sede da Folha nos mostra que os jovens brasileiros não estão aprendendo história. E o mais velhos perderam a memória.

Faz só 24 anos que a ditadura acabou e ninguém mais se lembra das pessoas mortas, torturadas, estrupradas, das famílias dizimadas.

As pessoas se esqueceram dos exilados, de vidas covardemente destruídas. Mortos esquartejados, corpos desaparecidos e sem sepultura. Mães que sequer tem onde velar seus filhos perdidos.

Quantos aqui sabem o que foi a guerrilha do Araguaia? Ou quem foi Emílio Garrastazu Médici? E como morreu David Capistrano? E como jornalista Wladimir Herzog se “suicidou” numa cela do DOI-Codi?

Sergio Pinheiro Lopes
Em frente da seda da Folha de S.Paulo, o leitor Sérgio Pinheiro Lopes (acima) discursou: 
“Escrevi  carta por um motivo básico: eu não queria que meus filhos e netos, que não viveram nesse tempo (da ditadura), fossem sujeitos   a uma falsa interpretação da história. Minha mão deu sorte aquele dia”.

E finalizou: “Ditadura é ditadura, ‘ditabranda’ é a p…”.

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

“COBERTURA” DA FOLHA PARA SUA “DITABRANDA”

 Funcionários da Folha observam protesto

Um fotógrafo com crachá da Folha registrou o protesto sentado numa escada  móvel. Alguns funcionários espiavam a manifestação de longe, tentando ser discretos.  

Ato Abaixo a Ditabranda


Na rua Barão de Limeira, um câmara e seu assistente filmavam alguns discursos do protesto (porém, nenhum usava crachá de qualquer veículo de comunicação). De qual mídia seriam?

Veja outras imagens no FLICKR

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

7 de mar. de 2009

PARA CONHECER A “DITABRANDA”

herzog

Charge de Carlos Latuff

6 de mar. de 2009

E CHOVE…

Por Flaviana Serafim

Tempestade1TempestadeNo fim de tarde da sexta feira, depois de mais uma dia de calor fortíssimo em São Paulo,
a chuva, finalmente, cai  na região central paulistana.

Ao fundo, o edifício Copan, sinuosa obra de Oscar Niemeyer na paisagem paulistana,
a espera da chuva que vai banhar seu concreto.

OS “SEM CRISE”

Por Gladstone Barreto

Crise-economicaAlheios à “crise econômica” - mas que a sentem na pele há anos -  
milhares vivem nas ruas de São Paulo, em crise permanente. 

Acesse os álbuns de fotos do São Paulo Urgente no FLICKR

JORNADA FOTOGRÁFICA NO BOM RETIRO

São Paulo Lado A,B,C,D…

Atenção fãs de fotografia: o projeto Jornada Fotográfica vai registrar o bairro do Bom Retiro, na região central paulistana, no dia 14 de março, das 9h00 às 12h00. Basta ter uma câmera e pronto.

A Jornada Fotográfica, coordenada pelo fotógrafo André Douek, reúne interessados em fotografia que se encontram para clicar diferentes cantos da cidade. A jornada mais recente registrou o cortejo do bloco afro feminino Ilú Obá de Min, no Carnaval 2009, e a anterior trouxe a temática “São Paulo 24 horas”. 

Além de comércio intenso, o Bom Retiro é um dos bairros que concentra a história da imigração de São Paulo, especialmente de judeus e árabes que só num país tão maravilhoso como o nosso convivem lado a lado. Atualmente, a presença dos chineses também é forte na região.

Para a jornada do bairro do Bom Retiro, os participantes se encontrarão às 9h00 na estação Tiradentes do metrô (Av. Tiradentes, 551). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 12 de março pelo e-mail adouek@prefeitura.sp.gov.br ou pelo telefone 3396-6015.

Alimentação e as despesas de laboratório - onde é possível não só revelar, mas ampliar suas imagens - são por conta do participante. No período da tarde, a partir das 14h00, as fotos são editadas e reveladas.

Algumas imagens serão selecionadas para uma exposição posterior, num dos espaços administrados pelo complexo do Museu da Cidade, formado por um rede de casas históricas administradas pelo Departamento do Patrimônio Histórico, como o Solar da Marquesa de Santos, Casa do Grito, Capela do Morumbi e Casa Modernista.

Se você tem uma câmera digital, pode  até dispensar a revelação – e a exposição – imprimindo as fotos na sua casa ou em lojas que ofereçam o serviço.

Mas a vale a pena participar de qualquer jeito, para trocar idéias e olhares sobre a cidade e, ainda, fotografar com segurança já que, sozinho, infelizmente, nem sempre dá coragem de circular pela cidade de câmera na mão.

Conheça os álbuns de fotografia do São Paulo Urgente no FLICKR.

Texto: Flaviana Serafim

NO PARQUE BUENOS AIRES, FEIRA DE TROCA DE LIVROS E GIBIS

São Paulo Lado A,B,C,D…

Neste sábado (Bue108.03), das 10h00 às 15h00, acontece a Feira de Troca de Livros e Gibis no Parque Buenos Aires (av. Angélica, altura do nº 1.500). Com mesas separadas por assuntos, como literatura geral e infantil, as trocas são feitas diretamente pelos frequentadores.

É uma boa oportunidade para tirar da prateleira aquele livro que você já leu e não quer mais, e levar outro mais interessante para casa. Também é bacana incentivar a participação da criançada com  seus livros e gibis.

Numa das mesas, você simplesmente deixa seu livro e pega outro disponível. A feira começou há dois anos em três parques municipais com a realização de 10 mil trocas. Em 2008, em oito parques da cidade, as trocas chegaram a 25 m il!

Os organizadores, do Sistema Municipal de Bibliotecas, só não recomendam a troca de livros didáticos e solicitam que os exemplares estejam em bom estado de conservação. A feira é gratuita e aberta a participação de todos.

Até o final do anoBue3, outros cinco parques da cidade realização a feira de trocas. A próxima está programada para 5 de abril, no Parque Anhanguera (Av. Fortunata Tadiello Natucci, 1000 - Km 24,5 Via Anhanguera- Perus).

Aproveite para caminhar pelo belíssimo e bem cuidado Parque Buenos Aires. Leia também nossa entrevista exclusiva com a administradora do local, Rita de Cássia Nakamura, no post Uma mulher de coragem e Parque Buenos Aires é oásis da região há 96 anos.




Feira de Troca de Livros e Gibis 2009
8 de março, das 10h00 às 15h00 
Parque Buenos Aires
Av. Angélica, altura do nº 1.500 – Higienópolis
Informações: (11) 3675-6727
Grátis  

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto