30 de mar. de 2009

A GALÁXIA DOS AFÔNICOS

Povos de São Paulo, tribos do mundo
Nei Schimada
Nei Schimada
*

- Foi assim que tudo terminou. Todas aquelas campanhas de salvar baleias, salvar Antártica, festa da grande marcha dos pinguins, dia da mulher, Hora do Planeta, as setenta e sete horas de om mani pad me hum, abraços grátis, tudo isso acabou naquele dia. Aliás, começou a acabar quando soltaram aquele spam num servidor em Cuba e, desconfiados como sua profissão assim o exige, os censores do governo castrista filtraram e buscar o IP original.
- A Eva do grito? - perguntou o filho, maravilhado com o brilho dos olhos do pai.
- Na verdade, um Adão. Foi um cara lá da Índia, Havihavi Bahevira que, de brincadeira, chamou num site de relacionamentos uma pequena multidão de cinco mil pessoas para gritarem numa praça em Bombaim e apareceram, veja você, vinte e cinco mil, segundo fontes oficiais. Mas se formos analisar no olhômetro das câmeras pela cidade e da TV, dava pra ver que ali tinham mais de cem mil indianos gritando tudo que tinham direito por dez minutos.
- Só cem mil, pai?
- Veja, filho, começou com um único recado, não mais que isso. Por conta disso, o tal spam chegou em Cuba. De lá para o México e para os cubanos de Miami foi um pulo. Qando chegou na Califórnia, já tinha se espalhado simultâneamente pela Europa e  norte da África. Dois dias depois voltou para a Índia em oitenta e três idiomas diferentes!
- E aqui no Brasil?
- Foi ao mesmo tempo que bateu em Los Angeles, acho. Toda a América do Sul estava sabendo, de Caracas à Terra do Fogo. O mais impressionante é que por aqui foi em pleno carnaval e as pessoas falavam mais nisso do que do próprio carnaval. Foi uma onda de otimismo e esperança que tomou conta do ocidente através de um spam bem intencionado, impressionante. Nunca houve nada igual, tanto que mudou toda forma de manifestação. Aliás, acabou com todas elas, tornaram-se desnecessárias, obsoletas.
- Mesmo chegando na Índia através de oitenta e três idiomas diferentes, porque não entrou na China?
- Pois é, esse é o grande mistério cibernético de tudo isso. Talvez isso tenha acontecido para que eles escutassem e fizessem eco, como de fato aconteceu.
- Continua, pai, continua.
- O spam dizia para sairmos todos no dia 29 de fevereiro do próximo ano e gritarmos palavras desconexas por horas, até ficarmos afônicos, sem voz. Dizia para chamarmos os vizinhos, nos prepararmos para o próximo ano porque nesse dia teria um alinhamento de todos os planetas do sistema solar com a estrela Alfa Centauro, que por si estaria alinhada com OGLE TR 56b, o mais distante planeta extra-solar conhecido na ocasião.
- E era verdade?
- Não sei, filho, não sei. Eu sei que todo mundo se preparou por quase um ano e finalmente, o dia 29 de fevereiro chegou. No spam dizia qual o horário em cada local do planeta, fuso horário, tudo muito bem calculado para que os gritos saíssem juntos. Aqui em São Paulo era uma da tarde e caiu num domingo. A cidade parou. Alguns programas de auditório saíram com suas câmeras para as ruas. Em alguns lugares estavam os políticos com bandas e fanfarras. Shows de rock. Milhões de pessoas espalhadas pela cidade de olho no relógio. 12:59 e a tensão era tão grande que dava para pegá-la no ar. Eu estava no viaduto Santa Efigênia com alguns amigos e havia uma multidão no Vale do Anhagabaú. Ao redor da gente, nas ruas do centro, no Viaduto do Chá, no mundo todo. De repente, o sino da torre da Basílica de São Bento deu um único badalo, era 1:00 da tarde. A gritaria começou. Foi muito mais alucinada que mil anos de carnavais, que todas as festas e todas as raves e todos Woodstocks e Iacangas e Diretas-Já. As pessoas gritavam as coisas mais estapafúrdias impossíveis. Gritamos por três horas até perdemos a voz. Eu ouvia os gritos vindos de Machu Picchu, Oslo, Madrid, Curitiba, Nova Iorque, Quebec, Havana e sabia que eles me ouviam. Lá pelas cinco da tarde, começou outra gritaria, distante, tão imperfeitamente absurda quanto a nossa. Eram os chineses respondendo. Durou outras tantas horas. Aquele som estava em todos os lugares do planeta, entende? Tudo vibrava! O mundo parecia um grande e afinadíssimo diapasão! O som estava nas roupas, no ar, nas paredes, nas pessoas, nos bichos, árvores, móveis, cérebros. Aos poucos foi acabando, sumindo. Já era noite e todo o planeta estava afônico, sem voz. E então, à meia-noite em ponto um grito foi escutado por todo planeta ao mesmo tempo. Em todos os computadores do mundo entrou o mesmo e-mail; TVS, todos os meios de comunicação emitiram a mesma coisa que a voz nítida como nunca se ouviu, vinda do céu e dizia:
- SILÊNCIO!
E nunca mais nenhum ser humano falou, cantou, grunhiu. Por isso nunca mais houve qualquer manifestação pública, passeatas, campanhas, discursos vazios, demagogias. Isso também aconteceu porque agora nos comunicamos através do pensamento, o que facilitou soberbamente para que as pessoas não se agredissem mais, nem os países, os povos. As diferenças foram ajustadas por telepatia. No final das contas, ironicamente, conseguimos as coisas na base do grito. - Mas pai, e essa voz vinda do céu?
- Filho, tem coisa que não se explica, nem se entende. Apenas saiba que.

Nei Schimada, 43, punk, poeta e dekassegui, escreve de Hamamatsu shi - Japão. É blogueiro da Estrovenga dos Corsários Efêmeros. Leia mais em: 
NATSUKASHI
SILÊNCIOS
O PATO
JANELA DE COZINHA
LA MISTICA, CAPISCI?
ESPERANDO ROSA
ANHANGABAÚ
FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA TERRA

ACONTECE EM SP

Secretaria de Participação e Parceria realiza cadastramento de músicos
Até 31 de março DJs e grupos musicais interessados em integrar ações geridas pela Coordenadoria da Juventude poderão se inscrever, preenchendo uma ficha disponível na internet e entregá-la junto com release, CD demo e documentos.

São diversas atividades culturais em prol da população jovem paulistana, como o "Som Jovem", que leva shows a diversos terminais de ônibus de São Paulo.

Os interessados devem preencher uma ficha disponível na internet e entregá-la junto com release, CD demo - com, no mínimo, três músicas, sendo ao menos duas autorais -, RG e CPF na Coordenadoria da Juventude (rua Líbero Badaró, 119, no 7º andar), de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h.

Agenda do prefeito para segunda-feira (30/03)
9h15 - Vistoria as obras de restauro e ampliação do Arquivo Municipal
Local: praça Cel. Fernando Prestes, 152, Luz - Centro

Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo 

Agenda da Câmara Municipal de São Paulo (30/03)
09:00 – 18:30 - Seminário Nacional sobre “Mecanismos de Monitoramento de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente” – Auditório Prestes Maia 1º andar – Vereador Ítalo Cardoso (PT)
15:00 – 18:00  - Reunião sobre a Revisão do Plano Diretor Estratégico - Sala Tiradentes - 8º andar. Vereador Natalini (PSDB)
18:00 – 22:00  - Encontro de Mulheres para Discussão do Tema: “Cultura de Paz e Não Violência” - Sala Sérgio Vieira de Melo - 1º SS - Sala A. Vereador Jooji Hato (PMDBB)
19:30 – 22:00  - Reunião com os Membros da Diretoria da União dos Escoteiros do Brasil (UEB)
- Região São Paulo – Auditório Prestes Maia -  1º andar. Vereador Gilson Barreto (PSDB)

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

29 de mar. de 2009

PICHAÇÃO: ARTE OU REVOLTA?

SOS São Paulo  - A cidade em nossas mãos

Ao contrário do que se diz por aí, nem sempre a pichação respeita o grafite.

Clique para ampliar Clique para ampliar Clique para ampliar
Rua Paes Leme, ao lado do SESC Pinheiros

No bairro de Pinheiros (zona oeste): pichação X grafite

A pichação é uma ação de transgressão para marcar presença, chamar atenção para si por meio da subversão do suporte. Muitas vezes o nome pichado é repetido como uma espécie de carimbo pela cidade. A pichação não configura gesto estético obrigatório - em relação à forma e conteúdo - embora p ossa ocorrer.
O pichador tem a estética como valor secundário, há um privilégio pela palavra (tipografia) (…)
”, explica Gustavo Lassala.

Lassala é auClique para ampliartor de uma tese de mestrado em Educação, Arte e História da Cultura sobre “Os tipos gráficos da pichação”, na Universidade Presbiteriana Mackenzie (2006). No site www.pichacao.com/, Lassala reúne algumas informações com “galeria de pichadores” e um álbum de fotos no Flickr, os Devaneios Pichográficos.

No site, Lassala também esclarece: “Evitando nesse momento qualquer tipo de apologia à pichação, é importante que se perceba o fenômeno de forma imparcial para notar que a pichação, apesar de ser uma atividade ilegal, é um movimento independente que os indivíduos atuam de forma a construir e decidir conscientemente as suas ações. O pichador propõe um novo significado para o local, ele transforma a cidade com suas escrituras”.

VEJA MAIS FOTOS NO FLICKR

Mas que sigClique para ampliarnificado? O pichador quer transformar a cidade no quê? Para quem? O que vocês acham?

Independente das considerações a respeito deste “movimento independente”, o próprio Lassala afirma que o “pichador tem a estética como valor secundário”.

Compreendemos que a pichação é uma manifestação  urbana contemporânea e, ao mesmo tempo, remota – (a história descreve inscrições com insultos e outras expressões nas construções de Pompéia! Dá até pra encarar as pinturas ruprestres como “pichação”…). Só é difícil compreender a pichação considerando estética e arte.

A pichação parece condensar uma expressão de revolta, misturada com o “heroísmo” e a “coragem” de escalar prédios enormes (depois correr da polícia), e, quem sabe, um profundo complexo de inferioridade e carência do pichador.

Afinal, pichador age tal qual um menino carente, que faz travessuras para chamar atenção do papai, da mamãe… Por que precisa chamar a atenção da sociedade com uma lata de spray na mão, arriscando a vida para chegar ao topo de um edício? Qual é a “causa” que um pichador carrega?

O resultado das milhares de pichações em São Paulo é deprimente. Só piora o cinza da paisagem urbana, q ue fica mais feia, triste, deprimida. Talvez como os próprios pichadores sejam…

Se algum pichador ler este post, por favor comente ou escreva para nós – saopaulourgente@gmail.com. Queremos conhecer e publicar a opinião de vocês também.

Saiba mais:
Site www.pichacao.com – de Gustavo Lassala
No mundo da arte clandestina – ótimo texto de João Mauro Araujo no portal SESC-SP (revista Problemas Brasileiros)
Mais fotos do São Paulo no FLICKR

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

HORA DO PLANETA NO CENTRO PAULISTANO

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Início da Hora do Planeta, às 20h30 do dia 28 de março, na região central de São Paulo.

Ontem, pessoas de diversas cidades do Brasil e do mundo apagaram as luzes das 20h30 às 21h30 para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global, numa iniciativa liderada pela ONG WWF.

Na capital paulista, as luzes externas do Edifício Copan foram desligadas, mas não se viu mais que três dos milhares de apartamentos deixando as lâmpadas apagadas naquele momento.

Será que faltou divulgação sobre a Hora do Planeta? Ou não há tanta gente assim preocupada com os efeitos do aquecimento global?

Leia: HORA DO PLANETA: APAGUE AS LUZES DAS 20H30 ÀS 21H30

Hora do Planeta - Vista para o Edifício Itália

Edifício Copan (no fundo, à esquerda) e Itália (direita)

Hora do Planeta - Elevado Costa e Silva

Elevado Costa e Silva (Minhocão)

Hora do Planeta - À esquerda, Edifício Itália

Edifício Antigo São Paulo Hilton (E) e Elevado Costa e Silva (D)

Fotos: Gladstone Barreto

28 de mar. de 2009

HOJE TEM HORA DO PLANETA: APAGUE AS LUZES DAS 20H30 ÀS 21H30

Povos de São Paulo, tribos do mundo


Pessoas de todo o PLANETA apagam as luzes hoje às 20h30
para sinalizar sua preocupação com o aquecimento global

Hora do Planeta é um ato simbólico realizado hoje (28.03) onde governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes das 20h30 às 21h30, e demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas.Hora do Planeta

O objetivo da organização não governamental WWF, que lidera a idéia, é envolver 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Este ano é a 1ª vez em que a Hora do Planeta é realizada no Brasil. Segundo a ONG, a Hora do Planeta é “eloquente mensagem de que é possível agir contra o aquecimento global e as mudanças climáticas”.

A primeira edição aconteceu em 2007 na Austrália, e fez com 2 milhões de pessoas apagassem as luzes. O ato de hoje também chama a atenção a necessidade de que os países assim o acordo internacional voltado à redução da emissão de gases do efeito estufa. A expectativa é que o acordo seja finalmente assinado em dezembro de 2009, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada na Dinamarca.

Como participar
Há várias formas de participar – apagando as luzes da sala, divulgando a idéia entre os amigos e registrando a Hora do Planeta pertinho de você. Dá até pra enviar fotos para o Flickr, vídeos e notícias do ato ao site WWF.

Veja algumas dicas da WWF saiba como participar:

Faça da Hora do Planeta um momento divertido de passar o tempo sem eletricidade. Seja criativo! Organize uma festa à luz de velas, promova música acústica ou um ‘olhar para as estrelas’ num momento em que a iluminação esteja reduzida. Que tal jogos de tabuleiro como palavras cruzadas à luz de lanternas estrategicamente posicionadas? Aproveite o tempo para meditar ou alongar-se. Ou então prepare um romântico jantar à luz de velas” .

Hora do Planeta em SP
Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab marca sua participação na Hora do Planeta às 20h00, na praça Victor Civita (rua do Sumidouro, 580 – Pinheiros). 

Às 20h30, apagam-se as luzes da Ponte Octavio Frias de Oliveira, Monumento às Bandeiras, Viaduto do Chá, Estádio do Pacaembu, Teatro Municipal, Obelisco, Estádio do Morumbi e Parque do Ibirapuera serão apagadas neste sábado, das 20h30 às 21h30. No Edifício Copan, Instituto Butantã e Museu de Arte Moderna as luzes externas estarão apagadas.

Adesões no Brasil e no mundo
Em Juazeiro do Norte, uma das cidades que aderiram ao ato simbólico, serão apagadas as luzes da estátua de Padre Cícero. Em Minas Gerais, o Palácio da Liberdade, sede do governo, também ficará apagado, assim como o Cristo Redentor e Pão do Açúcar no Rio de Janeiro. Estas são algumas da cerca de 80 cidades brasileiras que aderiram (até 27.03) ao Hora do Planeta. (acesse Programação da Hora no Planeta nas cidades brasileiras)

No mundo todo, a expectiva é alcançar 3.000 cidades. Fora de nosso país, o Vaticano apagará as luzes da cúpula de São Pedro. Na Itálila, entre outros monumentos, o Coliseu, a Torre de Pisa e a Arena de Verona estarão às escuras, além das Pirâmides de Gizé, no Egito.
Então, apague as luzes da sua sala também!

Saiba mais no site da WWF-Brasil
Cadastre-se no
www.horadoplaneta.org.br
Visite e baixe o kit de divulgação em:
www.wwf.org.br/hp2009
Entre em contato com a equipe da Hora do Planeta:
horadoplaneta@wwf.org.br

27 de mar. de 2009

DIA DO CIRCO NA CÂMARA MUNICIPAL

Agnaldo Timóteo - sem maquiagem...

“Quando tinha 12 anos, era comum o circo se instalar em minha cidade, em Caratinga (MG). Eu cantava nos circos, por isso tenho uma identidade com a arte circense",
Agnaldo Timóteo

Leia mais…
Foto: Juvenal Pereira/CMSP

26 de mar. de 2009

CAI A POPULARIDADE DE GILBERTO KASSAB

Pesquisa Datafolha mostra que a aprovação dos moradores de São Paulo ao prefeito GilGilberto Kassabberto Kassab (DEM) caiu de 56%, em novembro passado, para 45% em março desse ano. Também aumentou o índice dos que consideram a atuação de Kassab regular – de 25% para 30% – e entre os classificam a como ruim ou péssima – de 17% para 23!!!

Numa escala de zero a 10 pontos, a nota média do prefeito é 5,8 – antes era de 6,4. Por que será? O que teria causado esse dano nas estatíticas de Kassab?

Teria sido as chuvas que caíram no último dia 17? Ou é por que em três meses de administração (contados a partir da reeleição) ele ainda não mostrou a que veio, sem colocar nenhum projeto vultuoso em prática? Ou foi a sufocada CPI da merenda escolar? Seria a crise internacional?

Queda é maiAv. Ricardo Jafet, no Ipiranga. Clique para ampliars acentuada entre população de menor renda

Entre os moradores com menor renda, de até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 50% para 39% e de 57% para os 44% atuais entre os que tem rendimento de dois até cinco salários.

Outros dados da pesquisa Datafolha mostram que continua maior a tolerância da classe média e da elite paulistana para a administração municipal. Mesmo assim, essa faixa da população não está mais tão empolgada com Kassab. Em novembro passado, a aprovação entre os ganham mais de 10 salários mínimos era de 65% e agora caiu para 56%.

Você conhece algum projeto ou obra que a prefeitura está realizando agora? Por favor, conte para nós! Envie e-mail para o saopaulourgente@gmail.com e diga o que a administração municipal está fazendo para melhorar seu bairro, por exemplo. 

Acesse a pesquisa do Datafolha
Texto: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto - Fotos: Antonio Cruz/Agência Brasil e José Patrício/Agência Estado

CONHEÇA ALGUMAS PRODUÇÕES BRASILEIRAS NO “É TUDO VERDADE”

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Leia também EM CARTAZ: FESTIVAL DE DOCUMENTÁRIOS “É TUDO VERDADE”

Conheça algumas das produções brasileiras exibidas no festival deste ano (e clique aqui para conhecer todos os títulos)

Garapa, de
Garapa José Padilha
A fome que, segundo dados da ONU, afeta em torno de 920 milhões de pessoas no mundo, aflige cerca de 11 milhões de brasileiros. Apesar de programas assistenciais do governo, diversas famílias vivem ainda o pesadelo diário da falta de proteínas, o que as leva a recorrer à garapa – uma prosaica mistura de água morna e açúcar – para enganar o estômago, especialmente o das crianças. É o caso de Robertina, mãe de 11 filhos, e Rosa, de três, que vivem em Choró, zona rural do Ceará, num ambiente em que se somam o desemprego, a ignorância, a falta de higiene, educação e esperança. Não é muito distinto o dilema de Lúcia, moradora da periferia de Fortaleza, suas três filhas, uma com desnutrição severa, e um marido alcoólatra e com problemas mentais”. 
CineSesc: 03/04 - 21H00; 04/04 - 15H00

Rita CadillaRita Cadillac, a Lady do Povoc, a Lady do Povo, de Tony Venturi
Perfil da vedete, rainha dos caminhoneiros, garimpeiros e madrinha dos presidiários
Cinemark Eldorado: 01/04 – 19H30

Entre a Luz e a Sombra, de Luciana Burlamaqui
Sete anos de convivência entre umEntre a Luz e a Sombraa atriz e voluntária social e uma dupla de rappers formada dentro da prisão

Cinemark Eldorado: 02/04 – 19h30

Ôrí
Ôrí, de Raquel Gerber 
Produzido ao longo de 11 anos entre o Brasil e a África Ocidental – Senegal, Mali e Costa do Marfim –, o filme da socióloga e cineasta Raquel Gerber traça um panorama dos movimentos negros nacionais a partir dos anos 70. O fio condutor é a trajetória da ativista e historiadora Beatriz Nascimento, que busca sua identidade através da  pesquisa da história dos quilombos. Identificando-os como estabelecimentos guerreiros e de resistência cultural, da África do século XV ao Brasil do século XX, permite-nos acompanhar as transformações desenvolvida s pelas culturas negras transplantadas à força para o País no contexto de mais de dois séculos de escravidão e de uma abolição sem retaguardas para os novos cidadãos
CineSesc 27/03 - 19H00; 29/03 – 17H00; 30/03 – 19H00

Chapa, de Tatiana ToffoliChapa
Uma fogueira na marginal, um homem acena para o caminhão. Ao seu lado, uma placa indica: CHAPA. Ele entra na boléia e mostra o caminho para o motorista.  Ele faz isso todos os dias e reza pra tudo dar certo

CineSesc: 01/04 – 19H00
Centro Cultura Banco do Brasil: 04/04 – 17H00; 05/04 – 15H00

Endereços

CineSesc
Rua Augusta, 2075 - Telefone: 3087-0500 - 326 lugares

Cinemark Eldorado
Av. Rebouças, 3.970, loja 410 – Pinheiros - Telefone: 2197-7472 - 265 lugares

Centro Cultural do Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - Telefone: (11) 3113-3651 / 3113-3652 - 110 lugares

Fonte: site oficial É Tudo Verdade

EM CARTAZ: FESTIVAL DE DOCUMENTÁRIOS “É TUDO VERDADE”

Povos de São Paulo, tribos do mundo

Aproveite a programação maravihosa e
gratuita, nos cinemas de SP até 5 de abril

Começou ontem (25.03) – e vai até 5 de abril - o maravilhoso, fantástico e gratuito 14º FesAcesse o site do É Tudo Verdadetival Internacional de Documentários, o É Tudo Verdade. Com produções nacionais e internacionais apresentadas no Cinesesc, Centro Cultural Banco do Brasil, Cinemark Eldorado, Cinemateca e Cinusp Paulo Emílio, é programa imperdível para o fim de semana.

Criado em 1996 pelo crítico Amir Labaki, o É Tudo Verdade é maior evento latinoamericano dedicado exclusivamente aos documentários.

Aliás, tem surgido no Brasil um público fiel ao documentário e as produções crescem a cada ano – principalmente depois de Notícias de uma guerra particular, do João Moreira Salles e Katia Lund, em 1999 (não assistiu ainda??? Dá pra ver alguns trechos no YouTube, mas vale a pena alugar – em São Paulo, só na videolocadora 2001. Ainda é difícil encontrar em outros lugares…).

Por conta da crise internacional, este ano o festival foi divido – a mostra competitiva é essa que acontece agora, até 5 de abril, e depois, no segundo semenstre, acontecerá a mostra informativa.

Consulte a programação do 14º É Tudo Verdade e não perca tempo. Nem espere o fim de semana. Arruma uma desculpa pra sair mais cedo do trabalho, larga tudo em plena tarde, sem culpa nenhuma, e vá. Assista toda as sessões, das 15h00 às 21h00.

Conhece Avi Mograbi?
O documentarista israelense Avi Mograbi é convidado principal do festival em 2009 (e também da 9ª Conferência Internacional de Documentário, a partir de 1º de abril em SP) e apresenta Z32: como informa a sinopse:

Z32’ é o nome de um dos 300 arquivos guardados na Shovrim Shtika, uma organização israelense que coleta testemunhos de soldados que serviram nos t erritórios ocupados a partir de 2000, ano da Segunda Intifada. Este arquivo relata uma operação de vingança, em que dois policiais palestinos foram mortos por soldados israelenses. O diretor encontra um desses soldados mas a filmagem implica superar vários desafios. O primeiro deles: o soldado não quer mostrar seu rosto diante da câmera. Depois, ele questiona os métodos do cineasta, que então o estimula a filmar-se a si mesmo, em sua rotina privada. Finalmente, entra em cena a personagem da namorada do soldado, uma pacifista com quem este mantém discussões acirradas. Sua participação introduz no filme, além da questão da legitimidade da guerra, os limites dos relacionamentos e a diferença entre os sexos”

“Z32” estará em cartaz no Cinesesc (29.03, às 19h00, e 03.04, às 19h00) e no CCBB (31.03, às 17h00, e 01.04, às 13h00).

14º Festival Intarnacional de Documentários É Tudo Verdade/It´s all True
De 25 de março a 05 de abril
Entrada franca
Confira a programação:
Cinesesc
Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB
Cinemark Eldorado
Cinemateca
Cinusp Paulo Emílio

Acesse o site do É Tudo Verdade
Se você tem tv a cabo, veja também produções de outras edições do É Tudo Verdade no Canal Brasil (canal 66)

Texto: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

25 de mar. de 2009

ATRAVESSAR A RUA…E CHEGAR VIVO AO OUTRO LADO

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

Pedestre não é prioridade em SP – nem para a CET, nem para os motoristas

O pedestre realmente não é prioridade dos semáforos paulistanos. Tudo bem, o volume de carros é gigante, são quilômetros diários de congestionamento e “fluidez” deve ser a palavra principal dos engenheiros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Mas os apressadinhos da cidade transformaram os automóveis em máquinas perigosíssimas, extensão da ira, das loucuras e desrespeito do motorista paulistano. A pressa paulistana pode custar tantas vidas?

O pedestre que está na rua Marquês de Itu e precisa cruzar a rua Amaral Gurgel (veja mapa), sob o Elevado Costa e Silva (Vila Buarque - centro), tem míseros segundos para atravessar o cruzamento e precisa parar no meio do caminho. Se for idoso, entãCruzamento das ruas Amaral Gurgel e Marquês de Itu: travessia de pedestres a passos largoso…vai depressa, vovó Zinha...

Nunca é possível atravessar o cruzamento de uma vez, a não ser que o pedestre se arrisque e siga no sinal vermelho mesmo. É o que a maioria das pessoas faz em toda c idade. E por que será a CET não sincroniza o sinal verde para a travessia dos pedestres? Tão simples! Ai…lá vai a vovó Zinha, com bengala na mão, sozinha atravessando sob o Minhocão...

A CETT também podia aumentar o tempo para cruzar as ruas, sem obrigar quem está a pé a correr. Ah! E os motociclistas, motoboys ou não? Não existe sinal vermelho pra eles. Se não respeitam os carros, por que respeitariam os pedestres não é mesmo? Vixe!!! Vovó Zinha, cuidado!!! Ai meus Deus, já eraPedestre corre para atravessar cruzamento das ruas Amaral Gurgel e Marquês de Itu
Na rua, somos pobres mortais sem máquinas que nos protejam. Não temos carroceria, nem vidro escuro ou chassi. Ficamos de corpo exposto na rua, arriscando a pele diariamente para fazer uma coisa tão simples como atravessar a rua e chegar vivo do outro lado…

…Zinha escapou do carro…mas não da motocicleta que avançou o sinal amarelo…Foi mais rápido que os 4 segundos de sinal verde dos pedestres.

Leia também o post “AVENTURA”: ATRAVESSAR A RUA EM FRENTE DA SANTA CASA

Clique nas imagens para ampliar
(acesse também nosso álbum de fotos no Flickr - http://www.flickr.com/photos/saopaulourgente/)

Trave

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

MARQUÊS DE ITU COM REGO FREITAS

São Paulo Lado A,B,C,D…

Esquina na Vila Buarque, centro paulistano

Foto: Gladstone Barreto

24 de mar. de 2009

MEMÓRIAS DA DITADURA, HISTÓRIAS DO BRASIL

São Paulo Lado A,B,C,D…
Conhecer de perCela restauradato a sede do antigo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), em São Paulo, pode ser algo meramente curioso para alguns, ou tenebroso, doloroso para tantos outros que ali ficaram presos. Mas o atual Memorial da Resitência, no largo General Osório nº 66, bairro da Luz, (anexo da Pinacoteca do Estado), é muito mais do que isso.

O prédio foi projeto em 1914 pelo arquiteto Ramos de Azevedo, originalmente para funcionar como armazém da Ferrovia Sorocabana. Em 1924, o DOPS foi criado para combater os movimentos “subersivos” que “ameaçam” o país e, no largo da General Osório, a construção virou prisão, entre 1935 e 1984 – quase 50 anos.

Por lá passaram desde o escritor Monteiro Lobato, a militante feminista Patrícia Galvão – a Pagu - e seu marido, o escritor Oswald de Andrade, a artista plástica Anita Malfatti e o líder comunistas Luis Carlos Prestes.

Depois do golpe militar de 1964, que semeou a ditadura no Brasil, as celas foram ocupadas por militantes do movimento estudantil como José Dirceu, Vladimir Palmeira (presos depois do famoso 30º Congresso da UNE em Ibiúna, que terminou com a prisão de cerca de 700 estudantes), a cantora Elis Regina e até Luiz Inácio Lula da Silva, então um “perigosíssimo” líder sindical.

Além de centro tortura, o DOPS também reunia informações, documentos, cartazes, livros e toda e qualquer coisa que pudesse comprovar a “subversão” dos que ali eram reclusos – inclusAntiga cela restauradaive de  pessoas que não tinham qualquer relação como a militância política, estudantil ou sindical, mas que eram arbitrariamente fichadas.

Nos anos de chumbo de nosso país, um simples livro podia ser motivo para prisão e tortur as. E por falar em arbitrariedade, então…Era nesse prédio da Gal. Osório onde ficava o assassino, protagonista de algumas das maiores atrocidades da ditadura, o delegado Sergio Paranhos Fleury.

Mas por que visitar um lugar como o Memorial da Resistência? Por que entrar num local que foi presídio e ainda sede do DOPS? Porque o prédio é um símbolo real das memórias de ex-presos políticos, das barbaridades sofridas por eles, mas, especialmente, símbolo de luta e resistência dessas pessoas em nome da democracia.

O Memorial da Resistência também representa um pedaço de nossa história ainda obscuro, seja porque hoje a maioria dos jovens hoje desconhece a história do Brasil durante a ditadura militar (1964-1885), ou mesmo porque até os dias atuais os arquivos daqueles tempos continuam fechados.

Até hoje não se sabe quem foram os autores das torturas, assassinatos e desaparecimentos de presos. Quantos estão aí impunes, vivendo como inocentes? E, pior, quantos ainda ocupam cargos públicos e tem seus salários pagos por nós?

Para não nos esquecermos das lutas do passados, e das lutas ainda hoje necessárias, vale a pena, sim, visitar o Memorial da Resistência e conhecer suas histórias. 

Para saber mais:
Textos e livros
Ditadura militar no Brasil (Wikipedia)
A ditadura envergonhada/A ditadura escancarada, livros de Elio Gaspari (Companhia das Letras – 2002)
Direito à memória e à verdade, livro-relatório organizado pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (acesse o PDF gratuito on line)
Dos filhos deste solo, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio
Batismo de Sangue, de Frei Betto
A grande partida: anos de chumbo, de Francisco Soriano

Documentários:
Hércules 56, direção de Silvio Da-Rin
Em Nome da Segurança Nacional, direção de Renato Tapajós
Vlado – 30 anos depois, direção de João Batista de Andrade
Ato de fé, direção de Alexandre Rampazzo
A grande partida: anos de chumbo, direção de Peter Cordenonsi

Filmes:
Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barrreto

O QUE CONFERIR NO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA

São Paulo Lado A,B,C,D…

Resistencia-5 Resistencia-22 Resistencia-14

Resistencia-9 Resistencia-21

- a construção de tijolos aparentes, projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo

- visitar as celas: uma delas foi restaurada com apoio de ex-presos. Algumas inscrições foram refeitas nas paredes, inclusive. Noutra cela, sente-se e ouça o depoimento de ex-presos como os jornalistas Rose Nogueira e Alípio Freire. Estes não só resistiram à prisão e tortura, como hoje compartilham suas memórias, histórias e continuam na militância políitca.

- ver de perto documentos e fotos curiosas, como passaporte do líder comunista Luís Carlos Prestes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), ou uma imagem da formatura de Patrícia Galvão, a Pagu, aos 15 anos

- jornais, livros e cartazes apreendidos

- acessar o painel multimídia da exposição permanente, ou assistir vídeos com depoimento dos que militavam contra a ditadura

Resistencia-13 Resistencia-15

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barrreto

23 de mar. de 2009

FIM DE TARDE EM SÃO PAULO

Por Gladstone Barreto

SP-Noite

Cai a tarde, o barulho diminui mas não cessa….

22 de mar. de 2009

NATSUKASHI


Nei Schimada*

Natsukashi é uma palavra japonesa. Pode ser mais tênue que a névoa outonal, pode ser a própria névoa. Pode ser concreta como o asfalto de todo dia.

Um gole d'água num copo de requeijão. Corredor de maternidade com o sorriso do obstetra tirando as luvas, olhando nos teus olhos.Uma específica canção de Caetano: natsukashi são os pés no riacho. Uma fresta de céu claro no meio dos galhos e folhas do juá.

O primeiro beijo de muitos até que chegue o primeiro ônibus trazendo o primeiro céu lilás. As últimas cinco linhas de um livro de Garcia Márquez.

Mãos pequeninas tateando o mundo através de uma vida ainda tão breve, mas tão intensa. Pães frescos do meio da tarde daquela padaria de depois do futebol.

Barulho de máquina de escrever. Soluções mágicas dos eternos quinze anos, até hoje eternos. Angústias torpes dos quinze anos, até hoje torpes. Amigos tão importantes quanto uma lata de bolinhas de gude.

A fauna que frequentava o Bar Riviera. Todos os seis ao redor da mesa discutindo o destino do mundo antes da pizza chegar. Amigos bêbados num Voyage preto.

Os girassóis voluptuosos do quintal do vizinho lá na Vila Formosa.A dança da garoa da infância na luz fraca e azul da Ladeira Porto Geral. As infinitas escadarias da pensão de minha avó.

Natsukashi pode-se carregar no bolso da calça. Dobrado na carteira. Nos onze dígitos de um telefone celular. No doce almíscar penetrante de um pescoço macio.

É primavera, verão, outono, inverno e primavera. São todos os giros dados pelos ponteiros de um relógio. Conversa de mãe, novelo de lã, bolinho de chuva, tarde de domingo e um filme dublado na TV.

Um jeito de passar batom, olhar-se no espelho, ajeitar o cabelo, sentir-se total. A origem sumindo no retrovisor do carro. Janela entreaberta. Lufada de vento. Ruído de vento. Vento.

O primeiro ultrassom com um ponto cinza chamado bebê. Trinta mil pessoas em uníssono gritando gol. Cortinas brancas dançando no lado de fora da janela do apartamento. Todos os botões soltos da blusa numa tarde de calores depois da aula.

A esquina, uma esquina. No virar da esquina a feira livre do bairro. Pastéis, gritos de peixes, tomates, mamões. Sons viscerais de um idioma inteligível. A gargalhada frouxa dos pretos. Teus olhos buscando os meus. Abraços. Vinho e queijo. Um dia. O outro.

Natsukashi em japonês quer dizer saudade.

Nei Schimada, 43, punk, poeta e dekassegui, escreve de Hamamatsu shi - Japão. É blogueiro da Estrovenga dos Corsários Efêmeros. Veja também:
SILÊNCIOS
O PATO
JANELA DE COZINHA
LA MISTICA, CAPISCI?
ESPERANDO ROSA
ANHANGABAÚ
FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA TERRA

20 de mar. de 2009

MUSA IMPASSÍVEL NA PINACOTECA

Musa Impassível, de Victor Brecheret Musa Impassível, de Victor BrecheretSão Paulo Lado A,B,C,D…

A Musa Impassível, de Victor Brecheret, é uma das maravilhosas esculturas que integram, desde 2006, o acervo da Pinacoteca do Estado, ao lado do Parque da Luz.

Por décadas, a Musa permaneceu “impassível” no Cemitério do Araçá, no túmulo da poetisa parnasiana Francisca Júlia da Silva, que faleceu em 1920. A obra foi descoberta há 15 anos pela filha do artista, Sandra Brecheret Pellegrini.

Visitar a Pinacoteca pode ser bom programa do sabadão (e com entrada franca neste dia). Aproveite.

PINECOTECA DO ESTADO
Parque da Luz nº 2 - Luz - região central de São Paulo - SP (ao lado da Estação da Luz) www.pinacoteca.org.brMusa Impassível, de Victor BrecheretMusa Impassível, de Victor Brecheret

Leia mais:
PINACOTECA ABRE EXPOSIÇÃO PARA DEFICIENTES VISUAIS
VISITE A PINACOTECA, MAS DISPENSE O CAFEZINHO
ARTE VISTA POR TODOS OS LADOS
HISTÓRIA DE SÃO PAULO CONTADA POR SEUS MORTOS

Saiba mais sobre Victor Brecheret

Livros:
Brecheret Victor, Modernista Brasileiro:Jacob Klintowitz
Victor Brecheret Autor: Laboratório Wyeth Coleção: Arte Wyeth

image


LINKS
Instituto Victor Brecheret
Pintura Brasileira.com
Cultura no Intervalo : vídeo sobre Victor Brecheret



Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto – Fonte – site oficial da Pinacoteca

19 de mar. de 2009

AUTOR NA PRAÇA: MOCHILEIRO FRED MOURÃO AUTOGRAFA “SAÍ PARA DAR UMA VOLTA…”

São Paulo Lado A,B,C,D…

Dois anosfredmourao de mochila nas costas e pé na estrada percorrendo 25 países – esta grande aventura é tema do livro  “Saí para dar uma volta…”, do executivo, palestrante e mochileiro Fred Mourão que autografa sua obra no sábado (21.03), às 11h00, no projeto O Autor na Praça (Espaço Plínio Marcos, na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros).

Fred largou tudo para realizar seu sonho de rodar o mundo e visitou países como Nova Zelândia, Indonésia, Malásia, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, China, Tibete, Nepal, Índia, Turquia, Síria, Jordânia, Egito e Israel. A empreitada termPenhascos de Ulu Watu - Baliinou no Peru e Bolívia, retornando ao Brasil pelo rio Amazonas.

De banhos de cachoeira ao lado de monges budistas até lavar pratos e morar em apartamentos invadidos, são muitas as histórias relatadas em “Saí para dar uma volta…”.

Segundo Fred Mourão, foi “uma viagem de crescimento, autoconhecimento, busca interior e meditação através de sabores, cheiros, culturas, comportamento e gente, principalmente gente”.

O livro traz 400 fotos registradas pelo autor durante sua aventura. Para saber mais, acesse o site www.fredmourao.com.br. Na imagem ao lado, Fred está nos penhascos de Ulu Watu, em Bali.

O Autor na Praça recebe Fred Mourão
21 de março (sábado), a partir das 11h00
Espaço Plínio Marcos (tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros – zona oeste paulistana)
Informações: 3746-6938/9586-5577 com Edson Lima
Acesse O Autor na Praça: www.pracabeneditocalixto.com.br / www.pracabeneditocalixtotv.com.br

FBI DEMOLIDORA ESCLARECE PROVIDÊNCIAS PARA SEGURANÇA EM SUAS OBRAS

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

A FBI Demimageolidora, responsável pela demolição de um imóvel na rua Rego Freitas, onde operários se equilibravam a metros de altura sem qualquer equipamento de segurança, enviou nova resposta ao nosso blog em 17 de março (leia FALTA SEGURANÇA NAS OBRAS PAULISTANAS).

Na resposta anterior,  publicada em 12 de março (leia RESPOSTA DA FBI DEMOLIDORA), a empresa só informava que tomaria “providências”. Agora, sim, esclarece as medidas que tomará. Leiam:

Em primeiro lugar desejo cumprimentá-la pela prestação de um serviço que a muito a cidade de São Paulo necessita, que é a informação do público para o público, no sentido de alertar as autoridades competentes para agilizar a fiscalização e proteger a população.

Quero informar que a Demolidora FBI atua no trabalho de desmontagem e demolição de edificações já há 27 anos e possui em seu acervo técnico milhares de obras realizadas de forma satisfatória, sendo que nunca ocorreu qualquer acidente grave durante este período.

Cabe também meu agradecimento pelas fotos que servirão para acrescentar às outras tantas que utilizamos em nossas reuniões sobre conscientização da real necessidade de utilizar os EPIS (equipamentos de proteção individual) e de obediência às normas de segurança

Permaneço à vossa disposição para esclarecimentos

Arquiteto Edevaldo Polizeli – CREA n.° 0600616396 – Responsável Técnico.

Sem mais

FBI Demolidora

Novamente, nosso agradecimento pelos esclarecimentos e pronta resposta da FBI Demolidora.

Para saber mais:
FALTA SEGURANÇA NAS OBRAS PAULISTANAS
RESPOSTA DA FBI DEMOLIDORA

18 de mar. de 2009

“PRAÇA DA REPÚBLICA NÃO ESTÁ ABANDONADA”, DIZ SUBPREFEITURA DA SÉ

SOS São Paulo – A cidade em nossas mãos

O descasimageo nos cuidados com a Praça da República (reformada com R$ 3,1 milhões dos cofres públicos) foi tema de um dos primeiros posts de nosso blog (leia PRAÇA DA REPÚBLICA DE VOLTA AO ABANDONO).

Depois de enviarmos quatro e-mails para diferentes pessoas e setores da Prefeitura municipal (Subprefeitura da Sé e Secretaria das Subprefeituras) - fora algumas ligações insistentes - recebemos, finalmente, um retorno da Subprefeitura da Sé. Aí vai a resposta:

A praça da República não está abandonada. A limpeza é realizada diariamente por equipes próprias de varrição e lavada todas as noites.

Atualmente estamos realizando a limpeza dos lagos e finalizando a contratação de empresa para a manuimagetenção das bombas, a fim de evitarmos danos aos chafarizes e instalando novos bicos injetores para a oxigenação da água.

Quanto à presença de moradores de rua informamos que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social mantêm equipes de agentes socais no local, orientado essas pessoas a procurarem os abrigos municipais. Esse trabalho de convencimento é diuturno e muitas vezes o morador de rua que aceita ir para um albergue, retorna poucos dias depois, quando se inicia um novo trabalho de convencimento.
Atenciosamente - Assessoria imagede Imprensa/Subprefeitura da Sé

PACIENTES E PERSISTENTES, QUEREMOS VER DE PERTO TRABALHO DA PREFEITURA

Ficamos felizes em finalmente receber uma resposta do governo municipal, mas, infelizmente, a realidade que vemos diariamente na Praça da República é bem diferente do que declara a Subprefeitura da Sé.

De um lado, a prefeitura afirma que é realizada a limpeza - dia e noite. Do outro, vemos frenquentemente lixo, sujeira acumulados pelos cantos, entre outros problemas da praça. Então, algo acontece de errado, não acham? Em quais horários o serviço é realizado? Com que frequência?

Também não receimagebemos informação sobre a falta de iluminação, de policiamento e também nunca encontramos os tais os agentes da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social no local.

Por isso, enviamos nova mensagem para a Subprefeitura da Sé,  onde propomos conferir de perto, acompanhar o trabalho de limpeza diurno e noturno. Aguardamos a resposta…

Será que o pessoal da Subprefeitura da Sé viu nosso post BANHO PÚBLICO NA PRAÇA DA REPÚBLICA ?



Para saber mais:
BANHO PÚBLICO NA PRAÇA DA REPÚBLICA
NOSSO BLOG AGUARDA…
PRAÇA DA REPÚBLICA: RECLAMAR SEM AGIR NÃO TRAZ MUDANÇAS
PRAÇA DA REPÚBLICA DE VOLTA AO ABANDONO

Mais fotos da Praça da República no FLICKR do nosso blog.

3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA: ATLANTICA HOTELS ENVIA NOVA RESPOSTA

Publicamos onimagetem (17.03) a resposta da rede Atlantica Hotels sobre a abordagem de um menino de rua por funcionários que prestam segurança privada ao Comfort Hotel (República – centro), como denunciamos na nota 3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA (publicada em 11.03)

Como parecia mais uma resposta automática do que um real esclarecimento sobre o caso, fomos (e somos) chatíssimos e enviamos novo e-mail ao Serviço de Atendimento ao Cliente. O retorno veio no mesmíssimo dia (17.03). Acompanhem:

Prezada Sra. Flaviana,

Primeiramente gostaríamos de agradecer o seu e-mail, pois somente dessa forma é que poderemos melhorar a cada dia a qualidade dos serviços prestados pelos empreendimentos por nós administrados.

Checamos o que aconteceu na manhã do dia 11 de março e apuramos que o menino de rua citado pela Sra. assaltou uma das funcionárias do Comfort Downtown nas proximidades da Praça da República naquela mesma manhã. Dessa forma, os seguranças estavam apenas segurando o menino para que a funcionária pudesse identificá-lo e após a identificação, continuaram mantendo-o ali para que a Polícia chegasse até o local e tomasse as devidas providências que não cabia a eles tomar.

Vale esclarecer, que pelos relatos que tivemos nada foi feito ao menino pelos seguranças, que apenas o mantiveram ali enquanto aguardavam a chegada das autoridades públicas competentes para resolver questões como essa.

De qualquer forma, como o serviço dos seguranças é prestado por empresa terceirizada contratada pelo Comfort Downtown, já encaminhamos o seu e-mail para referida empresa que deverá avaliar os procedimentos adotados no caso em questão.

Mais uma vez agradecemos o seu e-mail.

Atenciosamente,

Departamento Jurídico
Atlantica Hotels International

Para saber mais:
3 SEGURANAS X 1 MENINO DE RUA: RESPOSTA (INSATISFATÓRIA) DA REDE ATLANTICA HOTELS
3 SEGURANÇAS X 1 MENINO DE RUA